06/12/12

HORÁRIOS DE TRABALHO EMBRULHADOS



Quando se começa a falar de aumentar ou alterar os horários dos trabalhadores na Função Pública é porque alguma coisa vai acontecer. O Ministro das Finanças já tinha anunciado que a sua  intenção  e a do Governo era reformular o modelo de organização dos tempos de trabalho nas empresas do Estado.
   Fala-se de aumentar de 35 horas semanais de trabalho para as 40 horas ( oito horas diárias ). A Troika também defende esta mudança e diz que o objectivo é conter as despesas com as horas extraordinárias e também aumentar a produtividade.
   Os sindicatos vão hoje reunir com o Secretário de Estado da Administração Pública, Helder Rosalino, porque querem conhecer as ideias que o Governo diz que quer aplicar na reorganização do Estado.
   E alguns sindicalistas já disseram que não vão aceitar qualquer aumento do horário de trabalho. O receio é que o aumento das horas de trabalho não seja acompanhado de uma remuneração correspondente.
   Outro assunto que os sindicatos querem esclarecer tem a ver com as mudanças já anunciadas relativamente ao sistema da mobilidade especial dos trabalhadores dos organismos estatais. O Governo tem a intenção de alargar esse sistema de mobilidade especial também aos trabalhadores das empresas EPE, como por exemplo, aos Hospitais ( agora agrupados em Centros Hospitalares ).

22/11/12

MENSAGEM AOS ASSISTENTES OPERACIONAIS DE SAÚDE EM PORTUGAL




03/11/12

CONFORTO E LIMPEZA NO HOSPITAL

 
   O Hospital de São João, no Porto, vai reduzir o número das horas contratadas com a Coforlimpa que assegura a limpeza naquela unidade hospitalar. O contrato de 30.000 horas vai baixar para 22.000 já em Novembro, talvez a partir de hoje de manhã. No próximo mês de Dezembro irão ser reduzidas ainda mais horas ( ficarão 16.000) para em Janeiro de 2013 ficarem nas 10.000 horas.
   Com a obrigação de reduzir os gastos com a rubrica "Fornecimento de Serviços Externos" devido ao rigor Orçamental do Estado para 2013, o Hospital cortou nos serviços de limpeza.
   Porquê uma redução tão enorme nas limpezas? Horas contratadas em excesso ou má gestão dos recursos destacados para a limpeza? Da tarde para o dia seguinte proceder a uma mudança de procedimentos não é nada bem pensado. Ouviu-se falar aqui e ali que alguma coisa ia mudar, mas de concreto e oficial nada se confirmava. Alguns colegas foram simplesmente alertados para a possibilidade de neste fim de semana terem que executar as tarefas da limpeza das enfermarias e restantes espaços do serviço. Fala-se que aos fins-de-semana a limpeza estará sob a responsabilidade dos Assistentes Operacionais. O que ganha o doente com esta mudança? Não que os Assistentes Operacionais recusem efectuar as limpezas, porque manter o local de trabalho limpo e desinfectado é também uma das suas funções. O que preocupa é não possuir as ferramentas adequadas e em perfeitas condições para executar uma limpeza ideal e que garanta a segurança dos doentes internados, dos profissionais que trabalham no hospital, bem como quem vem de visita ou a consultas. Porque não se acautelou primeiro a existência ou não dessas ferramentas indispensáveis à realização da limpeza?
   Quem trabalha num serviço de internamento hospitalar sabe que normalmente aos fins-de-semana aumenta o número de doentes internados. Consequentemente, também aumenta o número de pessoas a que os profissionais devem prestar cuidados de higiene, de conforto e bem-estar. São mais banhos, são mais roupas e camas para mudar, mais tempo para ajudar os doentes a tomar devidamente as suas refeições, mais campainhas a atender...e se de manhã trabalham dois assistentes operacionais com os enfermeiros nas enfermarias, os turnos da tarde passa a um elemento para todos os doentes, surgem unidades para limpar porque o doente teve entretanto alta médica, transportar os doentes para a realização de exames médicos, transportar amostras para os laboratórios, transferências de doentes para outros serviços...
   Com tantas tarefas para realizar o Assistente Operacional sofre de um maior desgaste físico e que certamente não terá o tempo necessário para as levar até ao fim com total segurança e com a qualidade devida, podendo cair na tentação de aligeirar algumas dessas tarefas.
   Enquanto a situação não for devidamente esclarecida, os Assistentes Operacionais devem procurar manter o equilíbrio e evitar entrar em conflitos com outros profissionais, designadamente com as equipas de enfermagem e médicos. Os Assistentes Operacionais têm que ser capazes de pôr em prática uma série de estratégias que ajudem a facilitar a execução das tarefas. Uma dessas estratégias é a de sermos prestáveis e cordiais com todos e sabermos ocupar sempre o nosso lugar.
   Sabemos que o Assistente Operacional é frequentemente chamado para fazer actividades que nem sequer são da sua competência. Temos que conhecer e saber o que podemos e o que não devemos executar e  saber dizer não a quem nos exige uma tarefa que não nos tenha sido devidamente ensinada e muitas vezes sem a super-visão do profissional de saúde que deve saber e deve fazer essa mesma tarefa que nos está a ser solicitado para a executarmos.
   Limpar um serviço hospitalar exige muito trabalho e como já disse cada serviço deve possuir todas as ferramentas necessárias e as mais adequadas para a realização do trabalho. Sem ovos, não se podem fazer omeletes...
 

30/10/12

CURSOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

   Anúncio na internet
   Estão a anunciar o quê? O curso profissional de Técnico Auxiliar de Saúde ou o Curso Profissional de Auxiliar de Acção Médica?
   

28/10/12

O FUTURO É AGORA

 
 Os actuais Assistentes Operacionais, antigos Auxiliares de Acção Médica, começam a ficar impacientes e inseguros quanto ao seu futuro. Em Agosto de 2010, o Diário da República publicou a Portaria 1041/2010  http://www.dre.pt/pdf1s/2010/10/19501/0000200002.pdf e nasceu o Curso Profissional dos Técnicos Auxiliares de Saúde. Nesse mesmo ano, algumas escolas do Ministério da Educação e algumas do Ensino Particular começaram a incluir este curso nas suas opções de ensino, como por exemplo estas:

   ESCOLA SECUNDÁRIA CAROLINA MICHAELIS, PORTO
ESCOLA MARTIS SARMENTO-GUIMARÃES
http://www.esmsarmento.pt/categoria.php?cat=182

PROFITECLA-PORTO
http://www.profitecla.pt/index.php/site/curso/auxiliar-de-saude-profitecla

   Como se pode observar pela leitura da dita Portaria, trata-se de um curso profissional que tem como objectivo a regulamentação da actividade dos actuais Assistentes Operacionais, antigos Auxiliares de Acção Médica. O Curso só por si nada vai acrescentar às funções actualmente desempenhadas pelos Assistentes Operacionais. Há quem diga que esta portaria veio pôr a limpo aquilo que até agora tem andado ao sabor de cada estabelecimento hospitalar ou similar. Dizem que agora está escrito o preto no branco e que tudo vai ser diferente. Ora já vamos em 2012 e o curso vai no seu segundo ano de ensino. Lá para 2014 vão aparecer os primeiros "encartados" com o título de TAS ( Técnico Auxiliar de Saúde ). E qual é o seu maior desejo? A resposta é só uma: trabalhar como TAS num hospital, num Centro de Saúde, numa Unidade de Saúde Familiar, num Lar de idosos...Mas, será assim tão fácil um TAS encontrar trabalho?
   O Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde é realmente importante e ainda bem que muitas escolas o colocaram na lista de opções aos jovens portugueses. Mas há aspectos que merecem ser esclarecidos: os TAS vão simplesmente substituir os actuais Assistentes Operacionais? Ou vão trabalhar em conjunto? Quem e como vai fazer-se a integração dos TAS? E os actuais Assistentes Operacionais vão ou não ter também a oportunidade de se actualizarem, ou seja, de receberem formação para serem integrados no novo grupo profissional, o dos Técnicos Auxiliares de Saúde? E porque não passam automaticamente os actuais Assistentes Operacionais para o grupo dos TAS, uma vez que ambos vão exercer as mesmas funções? Falam da necessidade da elaboração e aprovação, com a respectiva publicação no Diário da República, de um Regulamento que permita aos actuais Assistentes Operacionais terem uma equivalência  de competências e assim quem quiser, cumprindo os preceitos desse regulamento, poderem vir a integrar o grupo dos TAS. Quando é que isso sai da gaveta e é colocado em prática?
   É importante que estas dúvidas e estas preocupações fiquem esclarecidas antes da saída dos primeiros Técnicos Auxiliares de Saúde.
   

ATSGS-III CONGRESSO NACIONAL





TRABALHADORES DOS ANTIGOS SERVIÇOS GERAIS 

DA SAÚDE REUNEM-SE EM ERMESINDE


18/07/12

ASSISTENTES OPERACIONAIS EM BUSCA DO SABER FAZER

   As II Jornadas dos Assistentes Operacionais da ULSNA-EPE, em Portalegre já têm o Programa definitivo, bem como o Regulamento para a apresentação de cartazes. Aqui está o Programa completo e definitivo destas Jornadas em que o colega Américo Reis toma a responsabilidade de organizar, apoiado por  uma fantástica equipa de colaboradores e que inclui uma Comissão Científica de excelência cujo seu contributo é revelador da qualidade desta formação.




PROGRAMA







                                                                       

REGULAMENTO DOS CARTAZES

                                                                   



Américo Reis, Assistente Operacional



Assistente Operacional
Serviço: Banco de Urgência
HDJMG-ULSNA EPE
Telefone de Serviço: 245301000 ext-11142
Telemóvel: 968572616



03/06/12

ASSISTENTE OPERACIONAL: QUE FUTURO?

 
   As notícias dos jornais e das televisões diariamente nos dão conta de que aqueles que trabalham nesta área têm cada vez mais incertezas quanto ao seu futuro profissional. Algumas propostas vão seguramente desencadear polémica, pois, anuncia-se que alguns hospitais percam serviços. Fala-se na necessidade de uma reorganização dos diversos serviços existentes. Alguns já protestaram e outros começam agora a fazê-lo.
   E claro, os Assistentes Operacionais também vão entrar nesta reorganização.
   Assistentes Operacionais satisfeitos vestem a camisola, enquanto que Assistentes Operacionais motivados a têm suada.
   Que futuro nos espera ?
 

26/05/12

JORNADAS DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS

 
   Caros Colegas e amigos, a Comissão Organizadora das II Jornadas dos Assistentes Operacionais da ULSNA-EPE em Portalegre, vem por este meio convidar vossas Exas. a estarem presentes nestas Jornadas, as quais se realizarão no dia 27 de Outubro de 2012 e terá início às 08:30 horas no auditório da Câmara Municipal de Portalegre.

“A Importância dos Assistentes Operacionais no Serviço Nacional de Saúde”

Este é o tema escolhido para as II Jornadas dos Assistentes Operacionais da ULSNA-EPE em Portalegre, indo ao encontro da nossa Missão, Visão, Valores e Objectivos.

·         MESA REDONDA 1 - Actuação do assistente operacional no serviço de urgência
·         MESA REDONDA 2 - Carreira de Técnico Auxiliar de Saúde o que falta definir
·         MESA REDONDA 3 - Como começou a RNCCI – E Qual a importância do Assistente Operacional na rede
·         MESA REDONDA 4 - Importância da formação para a construção do Técnico Auxiliar de Saúde

MUITO IMPORTANTE
Quero chamar a atenção para a possibilidade de TODOS poderem apresentar trabalhos em Posters nas Jornadas.
Para mais pormenores sobre as jornadas e Regulamento de participação para apresentação de POSTERS

Junto envio desde já a respectiva ficha de inscrição e cartaz provisório das Jornadas, podem enviar as inscrições para:
ULSNA-EPE, Segundas Jornadas dos Assistentes Operacionais
A/C do Sr. Américo Reis | Av. De Santo António
Apartado 328
7301-853- Portalegre
Para mais informações contactar:
Contactos: Américo Reis – 96 857 26 16
                António Caldeira –             96 631 36 67      
Correio electrónico: ao.jornadas@ulsna.min-saude.pt
                             americopreis@gmail.com

30/04/12

NÃO JULGAR NINGUÉM

 
   Um dia destes encontrei esta história:  


   Um médico entrou no hospital apressado depois de ter sido chamado para uma cirurgia de urgência. Ele respondeu à chamada o mais rápido possível, trocou de roupa e foi directo para o bloco operatório.
Passou pela Sala de Espera sem dirigir uma palavra aos presentes. Mas, um homem gritou:
   -Porque é que o senhor demorou tanto tempo a vir? O doutor não sabe que a vida do meu filho está em perigo? O senhor não tem sentido de responsabilidade. O médico sorriu e disse:
   - Lamento, mas eu não estava no hospital e vim o mais rápido que pude depois de receber o telefonema E agora, se me der licença, eu gostaria que o senhor se acalmasse para que eu possa fazer o  meu  trabalho.
   -Acalmar? Se fosse o seu filho que estivesse nesta sala agora, estaria calmo? Se o seu filho estivesse entre a vida e a morte o que você iria fazer? Disse o pai com raiva.
   O médico sorriu novamente e respondeu:
  -Eu vou dizer o que disse na Bíblia Sagrada" Do pó viemos e ao pó voltaremos, bendito seja o nome de Deus ". Os médicos não podem prolongar a vida. Acalme-se e reze pelo seu filho, vamos fazer o nosso melhor, pela Graça de Deus "
- Dar conselhos é fácil, murmurou o pai.
   A cirurgia levou algumas horas e ao sair o médico disse:
   -Graças a Deus! Seu filho está salvo! "
   E sem esperar a resposta do pai o médico saiu apressado e disse:
  - Se o senhor tem alguma dúvida, pergunte à enfermeira!
   - Que médico tão arrogante! Ele não podia esperar alguns minutos para que eu pudesse perguntar sobre o estado  do  meu  filho!,  comentou o pai ao ver os enfermeiros minutos depois que o médico saiu.
  A enfermeira respondeu, com as lágrimas descerem-lhe pelo rosto:
  - O filho do doutor morreu ontem num acidente de viação, quando o hospital o chamou para a cirurgia de seu filho estava a meio do funeral. E agora que ele salvou a vida do seu filho, ele saiu a correr para terminar o enterro do filho dele.

  Nunca julgues ninguém, porque nunca sabes como é a sua vida  e o que está a acontecer ou o que os outros estão a viver!

20/04/12

A AUXILIAR ASSISTENTE


   Os doentes, partilham as suas doenças durante o internamento no hospital.
   Na sala grande ouvem-se uns aos outros e os familiares falam uns dos outros, observam o que faz o enfermeiro a um e o que o auxiliar faz a outro.
   De repente, um homem põe-se a pé e caminha em direcção à porta da enfermaria e só pára quando a enfermeira lhe pergunta:
   - Onde está a pensar ir, senhor Joaquim? Sente-se lá no seu sofá porque lhe tenho que lhe ver a fralda.
   - Eu não posso ir fazer as minhas necessidades? Ora essa, estou com vontade de urinar.
   - Mas o senhor Joaquim tem um saquinho, não precisa de ir ao quarto de banho, desde ontem que lhe pusemos um saquinho e é para lá que o chichi vai. Não se preocupe e sente-se mas é ali no seu sofá. Oh Manuela, Manuela, ajude aqui o senhor Joaquim a ir até ao seu sofá. Depois não vá embora, vou precisar da sua ajuda para posicionar.
     A enfermeira entra na sala e em voz alta diz:
    -Agora saiam todos por favor. São só dois minutinhos e depois voltam a entrar, está bem?
     Imediatamente um grupo de quatro pessoas deixam a sala. Lá ao fundo permanece uma senhora que acaricia a mão do doente acamado. São muitos anos de vida a viver juntos e agora ele há duas semanas que ali está, sempre na cama, não fala, não ouve mas ela não o quer deixar só. Mas a voz da enfermeira volta-se a ouvir:
   - Minha senhora, por favor deixa-nos tratar dos doentes? Já volta a entrar,  não demoramos e  a senhora volta a entrar.
   Depois de tanta insistência lentamente a senhora larga a mão do seu amado e dirige-se para a porta da enfermaria. Manuela dá uma ajudinha para a senhora andar mais lestra e finalmente fecha a porta. Volta-se e de repente grita:
   -Ó senhor Victor não dispa o pijama, mantenha-se aí deitadinho que já vamos tratar de si.
   Mas o senhor Victor já está em tronco nu, as mãos começam a desfazer a fralda e de nada adianto o aviso.
   - Ó menina, menina puxe-me o lençol por favor. Estou com frio, tape-me os ombros, feche a janela.
   A auxiliar olha para o senhor Victor mas nada podia fazer porque estava a calçar as luvas mas disse-lhe:
   -Senhor Victor aguarde um bocadinho, já vou ajudar a vestir o casaco do pijama. Mantenha-se aí calmo e tranquilo que já aí vamos.
   Nesta sala ninguém dá sossego. Não há posição no sofá, não há posição na cama e a cadeira de madeira de tão dura que é, não aguentam estar sentados muito tempo.
   É neste espaço e neste ambiente que a auxiliar Manuela, como ela gosta de ser chamada e não assistente operacional, trabalha há anos.



 
  
  

23/03/12

TRABALHADORES SOMOS TODOS



   Hoje o Jornal Público revela que está em preparação a atribuição de um subsídio fixo para trabalhadores que prestam serviço nas URGÊNCIAS hospitalares.
   Ou eu me engano ou os beneficiários irão ser os senhores doutores. E os Assistentes Operacionais que também trabalham nos serviços de urgência dos hospitais serão também beneficiados com esse subsídio?

17/03/12

TER UM CURSO NÃO BASTA!

   Eu vivo num país em que se extinguiram grupos profissionais que trabalhavam em diversos estabelecimentos que prestam cuidados de saúde ao cidadão. Por decreto, há muito que não há Criados e Criadas, Indiferenciados e Serventes. Também nos chamaram Auxiliares de Acção Médica, mas hoje, somos e outra vez por decreto, Assistentes Operacionais. Mudou outra vez o nome, mas continuamos sem uma carreira profissional de regime especial  que nos aproxime dos outros profissionais de saúde.
   A ATSGS ( Associação dos Trabalhadores dos Serviços Gerais de Saúde ) 
http://www.atsgs.pt/p/a.t.s.g.s./tem sido uma  associação, que desde a sua criação representa e defende os trabalhadores dos ex-serviços gerais de saúde, nomeadamente os assistentes operacionais.Nunca quiseram ligar-se a uma força política ou sindical e até hoje assim continua a ser. Esta associação já deu provas da sua competência e os seus dirigentes continuam a garantir um tratamento igual, sério e justo aos membros que a eles se dirijam solicitar apoio, esclarecimentos ou intervenção junto das instituições de saúde.
   Não posso ignorar também a Federação dos Sindicatos da Função Pública, http://www.fnsfp.pt/portal/ que também tem contribuído para a resolução de diversas situações laborais e tem lutado ao lado dos profissionais de saúde para a melhoria e a dignificação destes profissionais.
   Os criados e as criadas já passaram à história, mas continuamos a ser bombardeados por estes anúncios:





   E mais estes agora:



   Dois exemplos de anúncios que duas escolas secundárias portuguesas elaboraram para divulgarem o novo curso profissional.
   Observando as imagens e depois de uma breve consulta pela internet, digo-vos que esta forma de comunicar a existência do novo curso profissional, revela que há muitas escolas que desconhecem o dia a dia dos Assistentes Operacionais, num estabelecimento de saúde. Eis algumas:


Alimentação

Arrumar enfermarias

Higiene e Limpeza dos serviços


Transporte de doentes

   O Assistente Operacional que trabalha num estabelecimento que presta cuidados de saúde aos utentes que a ele necessitam ir, deve ter sempre presente que está a exercer uma actividade, embora igual à que outros assistentes operacionais exercem noutros locais, não é a mesma coisa. Mais: o assistente operacional   que trabalha num internamento de medicina, por exemplo, tem competências e tarefas diferentes do colega que trabalha numa central de esterilização, apesar de ambos exercerem funções no mesmo hospital.
   
   Desde o ano passado, ou seja, de Outubro de 2011, muitas escolas secundárias oferecem aos alunos a oportunidade dos seus alunos frequentarem o Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. 
   A propósito do ensino profissional em Portugal, numa recente conferência organizada pela Universidade Católica, o seu presidente, Dr.Joaquim Azevedo dizia isto:
   "Muitas escolas não sabem o que é o ensino profissional em Portugal,
   não têm nenhuma cultura de ensino profissional e, assim, encaram-no como o "quarto escuro" para os 
meninos que se portam mal, que têm insucesso".
   
Joaquim Azevedo defende uma avaliação rigorosa dos actuais cursos profissionais e da sua rede e a sua articulação com os actores locais, para que não haja sobreposição de ofertas. Defende que todas as escolas em que se verifique que aquilo que está a ser oferecido ao aluno é o "quarto escuro" ou o "caixote do lixo" tem de se encerrar de imediato.
   
   Começo a ficar preocupado com o futuro dos Técnicos Auxiliares de Saúde. Lá diz o povo:
    "Quando a oferta é muita..."
   Vou andar atento.

   

04/03/12

UNIDOS SOMOS MAIS FORTES





 Colegas Assistentes Operacionais, eu não faço parte de nenhumas das centrais sindicais, mas sou sócio nº2162 da ATSGS(Associacção dos Trabalhadores dos Serviços Gerais de Saúde -  http://www.atsgs.pt/                                     
  No recente dia 2 de Março participei no XIV Congresso do Assistentes Operacionais do Norte. E uma das organizações convidadas foi a CGTP, representada através do Sidicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte e tendo sido o senhor Paulo Taborda o seu representante. Neste encontro teve lugar um "Prós e Contras" dedicado à Formação Sóciocultural e Tecnológica relativa aos assistentes operacionais ( ou os futuros Técnicos Auxiliares de Saúde ). E a dada altura do debate, o senhor Paulo Taborda referiu-se ao trabalho que o sindicato tem vindo a realizar no que diz respeito a este grupo de profissionais e que aguardavam uma resposta por parte do ministro da saúde. Dada a importância do assunto fui investigar e encontrei esta informação no site do sindicato que passo a revelar:






   Aos trabalhadores que executam funções da antiga  Carreira dos Serviços Gerais da Saúde

   SOMOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
   É NECESSÁRIO E URGENTE VOLTAR A CRIAR A CARREIRA

   Colegas:
   A criação das carreiras dos Serviços Gerais da Saúde, pelo Decreto 109/80, de 20/10
(depois de intensas lutas desenvolvidas pelos trabalhadores, com a direcção dos Sindicatos da Função Pública), foi um importante contributo para a melhoria da prestação dos cuidados de saúde e foi decisiva para a dignificação desta área profissional.
   Tanto assim foi que inicialmente a carreira era somente aplicada aos hospitais, tendo vindo a ser progressivamente alargado o seu âmbito de aplicação institucional às Escolas de Enfermagem, aos Centros de Saúde e às restantes instituições do Ministério da Saúde que prestam funções de assistência na saúde, ensino e investigação.

   O extinto grupo profissional dos Serviços Gerais da Saúde, integrando inicialmente 12
carreiras profissionais distintas significou o fim das Criadas e dos Criados, dos
Empregados Indiferenciados e das Serventes, entre muitas outras designações que erampau para toda a obra e que eram completamente desvalorizados profissionalmente.




    Ao longo dos cerca de 30 anos em que existiu a carreira teve diversas reestruturações que procuraram responder às novas necessidades dos utentes e dos profissionais.
   Quando estava prevista uma nova reestruturação, com vista à valorização da carreira, o Governo, de forma unilateral e sem qualquer tipo de negociação séria, no âmbito do
processo de revisão do Regime de Vínculos, Carreiras e Remunerações, iniciado pela Lei
12-A/2008, de 27 de Fevereiro, extinguiu as carreiras dos Serviços Gerais e integrou os
seus trabalhadores na carreira de Assistente Operacional do Regime Geral.
Esta alteração trouxe graves consequências para os trabalhadores uma vez que frustrou as suas expectativas de carreira e desvalorizou o seu contributo na melhoria dos serviços de saúde e na humanização da prestação de cuidados de saúde no nosso país.

   Desde então a degradação da prestação dos cuidados tem sido evidente e é reconhecida por todos, desde os restantes profissionais de Saúde, até às próprias administrações dos serviços, impondo-se a criação de uma carreira profissional de regime especial que ocupe o cada vez maior fosso que existe entre os profissionais de saúde (nomeadamente Enfermeiros e Técnicos) e os agora Assistentes Operacionais.

   Podem aceder a esta informação aqui:

 
  Esta é a posição do sindicato. No Congresso ficámos com a informação que existem algumas divergências  desta tomada de posição com a que a ATSGS tem vindo a defender. Ambos mostraram aos participantes do congresso que é importante um melhor entendimento entre as duas organizações e estão dispostos a cooperarem para que rapidamente se alcancem os objectivos pretendidos.
   E vós colegas Assistentes Operacionais, concretamente os profissionais que trabalham na área da saúde, que opinais?















03/03/12

ASSISTENTES OPERACIONAIS EM CONGRESSO

Fórum da Maia: XIV Congresso dos Assistentes Operacionais do Norte

      Realizou-se pelo 14º ano consecutivo, no Fórum da Maia,   o XIV Congresso dos Assistentes Operacionais do Norte, mais uma vez organizado pelo colega Fernando Sousa. Como vem sendo hábito, a ATSGS (Associação Trabalhadores Serviços Gerais de Saúde,    http://www.atsgs.pt/   ,                       
 marcou presença e colaborou, bem como outras entidades.Com uma sala bem composta, com pessoas vindas de diversos lugares do país, na sua maioria profissionais adultos que  já exercem a função de Assistente Operacional há alguns anos, este ano e pela primeira vez, partticiparam neste encontro jovens que estão a frequentar nas escolas secundárias e profissionais o recente curso profissional de "Técnico Auxiliar de Saúde". É de louvar a abertura e a disponibilidade oferecida por parte da organização deste congresso por ter aberto as portas a estes jovens, pois, os livros não explicam tudo acerca desta especificidade de pessoas que trabalham na área da saúde.
 Talvez num próximo encontro os organizadores se mostrassem ainda mais receptivos à participação desta gente nova, por exemplo, dando-lhes também a oportunidade e o tempo de intervirem nos temas do encontro com cartazes, palestras ou outras formas de expressão. Mesmo estudantes, novos e irrequietos, têm riquezas que podem e devem partilhar com os mais experientes.
   O tema deste XIV Congresso foi dedicado à formação do Assistente Operacional:
   "Desenvolvimento Pessoal e Profissinal"
   Todos os oradores mostraram excelentes trabalhos e quem ainda tinha dúvidas da falta de conhecimentos e competências dos Assistentes Operacionais, este congresso provou que estes profissionais têm iniciativa, têm competências e sabem trabalhar com outros profissionais para o bem estar dos utentes dos serviços de saúde.

02/02/12

AS RELAÇÕES NO TRABALHO

   Nas nossas vidas vivemos situações que não podemos evitar, como por exemplo, as catástrofes naturais, o estado do tempo e até algumas doenças. O mesmo acontece com as relações humanas. No nosso local de trabalho também há encontros e relações que não podemos evitar, mesmo que sejam gente antipática e egoísta e andam constantemente a apontar os eros dos outros.
   A inveja e a maledicência no trabalho está presente nas pessoas que se acham superiores e os melhores profissionais. Ninguém fica satisfeito quando é criticado em público ou lhe apontam alguns erros, principalmente quando nem sequer lhe dão tempo para explicar as suas atitudes. E mesmo quando essas críticas nos pareçam injustas, devemos manter a calma e não cairmos no erro de nos vingarmos.
   Os outros são responsáveis pelo que dizem e também pelo que fazemou não fazem. Eu sou responsável pela forma como reajo quando me criticam. Eles criticam e a reacção é minha. E discutir não muda nada, mesmo o desejo de querer vencer a discussão. E querer vencer todas as discussões é correr o risco de perder o mais importante na vida: a amizade e a confiança das pessoas que trabalham connosco. Só os fracos e os ignorantes discutem e ameaçam. Os inteligentes e os fortes optam pela não-violência nas relações com os outros. E a não - violência não é fugir aos problemas ou ficar indiferente ou mostrar medo e submissão passiva aos nossos erros. É uma reacção corajosa e que nos permite resolver as discussões de forma pacífica.
   Um Assistente Operacional honesto e responsável não se deve deixar possuir pelo desejo de contra-atacar. Deve sim, dar atenção às observações alheias, mesmo quando são desfavoráveis, quando elas vêm de pessoas que nos merecem crédito.
   Qualquer um de nós se pode zangar e expressar a irritação que o consome. É até saudável desabafar, mas não podemos soltar a língua e dizer tudo o que nos vai na alma, em frente de qualquer um, seja um colega, ou um superior hierárquico, sem medirmos as palavras e os seus efeitos. Através do diálogo, deve defender com firmeza os seus pontos de vista. Mas acima de tudo, aprender com os outros e aproveitar as críticas para se conhecer melhor e corrigir os próprios erros.
   A calma e a serenidade de não respondermos à letra às observações duras de outro colega é uma atitude digna e superior que acalma e moraliza quem nos está a provocar.
   Cada um de nós é, primeiro, uma pessoa e depois um Assistente Operacional. E estamos em permanente construção, não somos um modelo acabado, todos temos faltas e limitações e todos nós esperamos receber compreensão, tolerância e apoio para melhorar a nossa atitude. Mas muitas vezes usamos lentes de aumento para observar os actos dos outros e apontar os seus erros e esquecemo-nos  de usar um espelho para ver os nossos.  
   É importante distinguir as pessoas e as suas ideias. As ideias podemos discuti-las com quem as tem, mas não podemos discutir pessoas, devemos respeitá-las.
  "A melhor maneira de ganhar uma discussão é evitá-la" escreveu Dale Carnegie.

21/01/12

O SEU A SEU DONO




"O Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto obrigou o Hospital de S. João a pagar a 30 funcionárias o diferencial entre o que auferiram e o que deviam ter recebido durante sete anos, informou hoje fonte sindical.
Após entregar a exploração da cantina a privados, em abril de 2000, o hospital colocou as funcionárias, até então adstritas ao serviço, em funções de auxiliares de ação médica, mas só lhes pagou como tal a partir de 15 de novembro de 2007, altura em que formalizou as respetivas reclassificações, sublinhou o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte, na ação intentada no TAF.

Na sua sentença, proferida terça-feira e hoje facultada à Agência Lusa, o Tribunal Administrativo e Fiscal condenou o hospital-réu a reconhecer o direito das trabalhadoras às categorias em que foram reclassificados e ao pagamento das remunerações associadas ao desempenho dessas funções desde abril de 2000".

 Por Lusa

17/01/12

CONGRESSO DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS


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