02/02/12

AS RELAÇÕES NO TRABALHO

   Nas nossas vidas vivemos situações que não podemos evitar, como por exemplo, as catástrofes naturais, o estado do tempo e até algumas doenças. O mesmo acontece com as relações humanas. No nosso local de trabalho também há encontros e relações que não podemos evitar, mesmo que sejam gente antipática e egoísta e andam constantemente a apontar os eros dos outros.
   A inveja e a maledicência no trabalho está presente nas pessoas que se acham superiores e os melhores profissionais. Ninguém fica satisfeito quando é criticado em público ou lhe apontam alguns erros, principalmente quando nem sequer lhe dão tempo para explicar as suas atitudes. E mesmo quando essas críticas nos pareçam injustas, devemos manter a calma e não cairmos no erro de nos vingarmos.
   Os outros são responsáveis pelo que dizem e também pelo que fazemou não fazem. Eu sou responsável pela forma como reajo quando me criticam. Eles criticam e a reacção é minha. E discutir não muda nada, mesmo o desejo de querer vencer a discussão. E querer vencer todas as discussões é correr o risco de perder o mais importante na vida: a amizade e a confiança das pessoas que trabalham connosco. Só os fracos e os ignorantes discutem e ameaçam. Os inteligentes e os fortes optam pela não-violência nas relações com os outros. E a não - violência não é fugir aos problemas ou ficar indiferente ou mostrar medo e submissão passiva aos nossos erros. É uma reacção corajosa e que nos permite resolver as discussões de forma pacífica.
   Um Assistente Operacional honesto e responsável não se deve deixar possuir pelo desejo de contra-atacar. Deve sim, dar atenção às observações alheias, mesmo quando são desfavoráveis, quando elas vêm de pessoas que nos merecem crédito.
   Qualquer um de nós se pode zangar e expressar a irritação que o consome. É até saudável desabafar, mas não podemos soltar a língua e dizer tudo o que nos vai na alma, em frente de qualquer um, seja um colega, ou um superior hierárquico, sem medirmos as palavras e os seus efeitos. Através do diálogo, deve defender com firmeza os seus pontos de vista. Mas acima de tudo, aprender com os outros e aproveitar as críticas para se conhecer melhor e corrigir os próprios erros.
   A calma e a serenidade de não respondermos à letra às observações duras de outro colega é uma atitude digna e superior que acalma e moraliza quem nos está a provocar.
   Cada um de nós é, primeiro, uma pessoa e depois um Assistente Operacional. E estamos em permanente construção, não somos um modelo acabado, todos temos faltas e limitações e todos nós esperamos receber compreensão, tolerância e apoio para melhorar a nossa atitude. Mas muitas vezes usamos lentes de aumento para observar os actos dos outros e apontar os seus erros e esquecemo-nos  de usar um espelho para ver os nossos.  
   É importante distinguir as pessoas e as suas ideias. As ideias podemos discuti-las com quem as tem, mas não podemos discutir pessoas, devemos respeitá-las.
  "A melhor maneira de ganhar uma discussão é evitá-la" escreveu Dale Carnegie.

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