15/05/13

SABER SER, SABER ESTAR, SABER FAZER

 
   Estamos a começar a receber novos colegas nos serviços de saúde. São gente jovem que vêm estagiar, num contexto de trabalho, o curso profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. Este técnico corresponde ao anteriormente designado Auxiliar de Acção Médica, hoje conhecido por Assistente Operacional, grupo de profissionais que incluem pessoas afectas às funções de motorista, telefonista, limpeza, lavagem de roupa, cozinheiros, electricistas, serralheiros, carpinteiros, maqueiros, vigilantes, por exemplo. Ou também os até agora chamados Auxiliares de Acção Educativa, também foram enviados para a gaveta dos Assistentes Operacionais. E este grupo de operários somam mais de 133.000 assistentes operacionais, havendo muitos destes profissionais com baixas qualificações escolares.
   O mundo está em constante mudança e o mundo da saúde é exemplo de profundas alterações. Era urgente haver uma melhoria qualitativa nos saberes deste grupo tão importante no bom funcionamento dos serviços de saúde.
   De há quatro anos para cá falar de formação e mudanças tem sido tema muito corrente. E as mudanças começam a surgir,  à medida que o tempo avança vamos encontrando colegas  mais novos a estagiar. Oxalá sejam uma lufada de ar fresco! Saibamos receber estes novos colegas.É normal que os novos não tenham ainda o nosso ritmo de trabalho. A maioria nunca trabalharam e desconhecem o ambiente em que nos movimentamos diariamente.
   Leiam o que a nossa colega Zulmira Ribeiro, da ATSGS-delegação do Norte escreveu no Boletim Informativo da associação:
   "Caros colegas, somos o segundo sector mais representativo no Serviço Nacional de Saúde e a nossa imagem conta cerca de 95% para o primeiro impacto que qualquer pessoa tem ao contactar connosco, por isso devemos ter: Uma boa postura, comportamentos adequados, conhecimentos das nossas competências, e não ir além daquilo que são as nossas funções. Se nós transmitirmos uma imagem digna, os utentes / doentes, terão a maior confiança e respeito em nós Assistentes Operacionais, quando lhes prestamos cuidados muito técnicos e específicos com dedicação, empenho e humanização. Actualmente, com a evolução sócio cultural, as exigências são cada vez maiores por parte do mundo empresarial, em que se tornaram os Hospitais. Deixo aqui um apelo aos colegas, façam o RVCC até ao 9º ou 12º ano, não é nada complicado, são conhecimentos de competências baseados em vivências profissionais e escolares, assim enriquecem tanto a nível pessoal como profissional. Lembrem-se que os jovens que vão entrando para a nossa profissão, possuem maiores habilitações, um elevada capacidade de evolução e aprendizagem.
   Não devemos parar no tempo, pois chegou a altura de mudarmos as nossas práticas, atitudes e comportamentos, só assim conseguiremos atingir os nossos objectivos com recurso à nossa valorização pessoal e profissional, para que a nossa profissão seja reconhecida pelos nossos saberes, sem nunca esquecer que o doente está acima de tudo e é a razão da nossa existência".














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