24/03/09

SIGILO PROFISSIONAL


O doente é um ser humano, cidadão livre, com direitos inalienáveis e como tal necessitam de ser respeitados.

O sigilo profissional faz parte dos valores éticos que devem ser seguidos pelos profissionais de saúde, logo, pelos Auxiliares de Acção Médica.

Ao lidar com o doente, o Auxiliar de Acção Médica deve ter sempre presente duas coisas:

1-Ajudar

2-Não prejudicar o doente

A lealdade para com o doente é para levar a sério. O A.A.M. deve garantir o sigilo profissional, não revelando a ninguém, fora da equipa de saúde, dados relacionados com o doente ou a sua doença. As informações que vai recebendo, através das conversas que vai tendo com o doente, com os familiares ou com as visitas ou ainda com os enfermeiros do serviço, devem ser encaminhadas para quem estão autorizados a dá-las às outras pessoas.

No meu Contrto de Trabalho, no Artº.10º diz:


1-"O/A Segundo/a Contraente ( eu ) obriga-se a manter rigoroso sigilo e não divulgar a terceiros, durante ou depois da cessação deste contrato, quaisquer informações sigilosas, relativas ao estado de saúde das pessoas ou a qualquer factos ocorridos dentro do Hospital, documentos, dados científicos, comerciais ou técnicos, quaisquer aspectos sobre a organização, métodos, projectos, pareceres, relatórios, estudos, listagens, contratos, registos informáticos, dados pessoais ou profissionais sobre colaboradores, pacientes, ou qualquer outra informação, relacionados com o Primeiro Contraente ( hospital ) ou terceiro com o qual este mantenha relações, obtidos ou elaborados no âmbito do exercício da sua actividade nos termos deste contrato."

2-....

3-....


Vem este texto a propósito da aflição vivida por um colega, auxiliar de acção médica, que por razões ainda desconhecidas, ontem foi ao "tapete vermelho" para explicar a fuga de informações relativas ao estado de um doente que esteve internado no hospital.

Por vezes esquecemo-nos dos nossos deveres e dos nossos direitos. Todos sabemos que ninguém gosta de interferências na sua vida privada ou da sua família. Mas, quantas vezes os Auxiliares são pressionados por familiares a revelar informações relativas a um doente?

Para o meu bem e para o bem de todos, em situações como esta vivida pelo colega, eu encaminho as pessoas, sedentas de informação, para o médico ou para a equipa de enfermagem, mas com desculpas cuidadas e não intempestivas.

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