03/03/08

A NOSSA EQUIPA DE TRABALHO



"AQUELES QUE SABEM TRABALHAR EM EQUIPA
ALCANÇAM OS SEUS OBJECTIVOS MAIS FACILMENTE
PORQUE TRABALHAM CONFIANDO UNS NOS OUTROS." Miguel Angel Cornejo

Todos são elementos da mesma equipa. Cada elemento da equipa executa uma função determinada e específica. Um elemento não é mais ou menos importante do que outro. O êxito da equipa está no bom desempenho de cada elemento. Todos são necessários, todos trabalham para alcançar o mesmo objectivo: vencer!

Nos hospitais todos vestimos a mesma camisola e trabalhamos na mesma equipa. Por isso, não aceito que alguns administradores hospitalares afirmem que os hospitais podem funcionar bem sem administradores, sem enfermeiros e sem auxiliares de acção médica, mas não podem funcionar bem sem médicos.


1 comentário:

Anónimo disse...

Substituir enfermeiros por auxiliares de acção médica tem sido uma prática recorrente nos últimos tempos. Longe de aumentar a qualidade da actividade dos auxiliares, a medida terá como finalidades a diminuição nas despesas com os honorários e embargar a contratação de mais enfermeiros.
A sobejamente conhecida carência de enfermeiros jamais encontrará solução neste tipo de medidas que tendem, unicamente, a agravar a qualidade da assistência aos utentes.
Apesar da importância na formação contínua dos auxiliares de acção médica – como afiança a Ordem dos Enfermeiros – esta estratégia fere a integridade dos cuidados de enfermagem à população.
Saliente-se que o exercício profissional de enfermagem centra-se numa relação interpessoal e assenta numa formação e numa experiência que permite ao enfermeiro compreender a pessoa na sua globalidade e especificidade, identificando necessidades de cuidados de enfermagem e tomando as decisões que garantam que as suas intervenções respeitem a pessoa na sua complexidade, e ainda que a atribuição de competências especificas dos Enfermeiros aos Auxiliares de Acção Médica põe em risco a qualidade dos cuidados prestados e a segurança da população, configurando uma clara situação de exercício ilegal da profissão (decreto-lei n.º 161/96 de 4 de Setembro e Decreto-lei n.º 104/98 de 21 de Abril).
Os cuidados de enfermagem só podem ser prestados por enfermeiros, pelo que as substituições por não-enfermeiros são um rotundo erro técnico e táctico.
Publicado por Cris em junho 29, 2004 11:16 PM
Comentários
Cara Mónica: benvinda a este espaço de discussão e reflexão. O que a Mónica diz é muito válido tal como o é a afirmação «há bom e mau em toda a parte». Todos os que trabalhamos na área da saúde conhecemos esta situação e a inversa também. O que importa é que não nos desviemos do cerne da questão que não é mais do que: não permitir que políticas economicistas da saúde afectem a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos utentes. Substituir enfermeiros por profissionais não habilitados, tem sido uma das medidas adoptadas por alguns conselhos de administração. Obrigada
Afixado por: Cris em julho 27, 2004 11:07 PM
Tenho a ideia que nenhum auxiliar quer ser enfermeiro, mas e verdade que muitas obrigações dos enfermeiros são desempenhados por auxiliares, mas pergunto, são os auxiliares que pedem essas obrigações??, estou certa de que não.
O maior e unico pecado de um auxiliar é parecer que não tem cabeça para pensar, tem um pânico fantástico de perder o emprego, e faz tudo o que seja possivel para ficar nas boas graças dos chefes.
Sou auxiliar á 4 anos, e até agora tive imensos problemas por exactamente me recusar a desempenhar funções que são da competência dos enfermeiros, sentido muitas vezes uma pressão enorme para que o faça, e a pressão vem exactamente dos enfermeiros, cheguei a ser transferida de serviço por me recusar a desempenhar algumas obrigações.
Falam como se fossemos nós que quisessemos mas são voces mesmos que parece adorarem descartarem-se de funções para estarem mais tempo a "dar á lingua" e esperam que nós façamos aquilo que deviam ser vocês.
Acredito, que muitas auxiliares agradeciam que as deixassem apenas fazer o que é realmente a sua função.
Afixado por: Monica (AAM) em julho 27, 2004 07:08 PM
Cara Fernanda: os enfermeiros, os médicos, os auxiliares de acção médica, os técnicos de farmácia, de laboratório, de fisioterapia, de radiologia e outros, têm profissões interdependentes cuja finalidade primordial é prestar cuidados de saúde que visem o bem-estar da população. Aos a.a.m., julgo eu, é-lhes exigida a escolaridade obrigatória, enquanto para ser enfermeiro é necessária uma licenciatura em enfermagem e um título profissional atribuído pela Ordem dos Enfermeiros. Os enfermeiros constituem um corpo profissional que baseia a sua actuação nos princípios éticos do Código Deontológico e nos princípios do Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE).
Assim, «enfermeiro é o profissional habilitado com um curso de enfermagem legalmente reconhecido, a quem foi atribuído um título profissional que lhe reconhece a competência científica, técnica e humana para a prestação de cuidados de enfermagem gerais ao indivíduo, família, grupos e comunidade, aos níveis da prevenção primária, secundária e terciária» (REPE – D.L. 161/96, 4 de Setembro). Competências técnicas, científicas e humanas essas que não são – nem podem ser – reconhecidas aos auxiliares de acção médica.
Caro Enfermeirame: receio que em muitas instituições «o caldo já esteja entornado», tal é a frequência com que se recorre à substituição de enfermeiros por auxiliares. Mas, também acredito que este erro não tornará a acontecer se os enfermeiros tomarem sobre si a responsabilidade de dignificar e elevar a profissão contribuindo para a qualidade e eficácia dos cuidados. E, sim, também acredito que passa por não deixar cair certas intervenções de enfermagem, pura e simplesmente porque são intervenções de enfermagem e, como tal, não podem, ou não devem, ser delegadas a outros que não reunam as mesmas competências.
Cara Nat: que este espaço possa ser-lhe útil. Boa sorte.
Afixado por: Cris em julho 6, 2004 11:21 PM
No ENFERMEIRAME já podemos realçar esta questão.
A grande preocupação terá de ser nossa se queremos salvar a nossa profissão e quanto a mim a Ordem dos Enfermeiros esteve um pouco adormecida enquanto o "caldo" ia sendo bem cozinhado por algumas Administrações. Aliás, no meu entender os grandes culpados desta situação serão sempre os Enfermeiros Directores das instituições onde isto possa acontecer. São eles que, numa atitude vanguardista (dizem os mesmos) e economicista, se propuseram a elevar a formação dos AAM. Eu também concordo que a formação dos AAM tem de ser revista, mas não caio na esparrela de entregar essa formação a médicos que estão mortinhos por nos retirar o nosso espaço que cada vez começa a ser maior fruto das nossas evoluções. Enquanto Enfermeiro não embarcarei nesta nau e digo-vos que estou à espera que algum AAM me venha dizer que alguma das minhas actividades vai passar a ser realizada por ele. Mas enquanto enfermeiros da prestação de cuidados não nos poderemos alienar das culpas. Quantos de nós não dão de mão beijada actividades que deveriam ser realizadas por nós a outros. O grande problema é que cada vez mais temos aspirações que não deveriam ser nossas. É a tal megalomania dos Enfermeiros. Havemos de levar tanta porrada que iremos abrir os olhos. Só falta saber se já não será tarde.
Afixado por: ENFERMEIRAME em julho 6, 2004 04:59 PM