27/09/07

AUXILIAR DE ACÇÃO MÉDICA É OBRIGADA A TRABALHAR PORQUE LHE NÃO RENOVAM A BAIXA

Lúcia Queirós, Auxiliar de Acção Médica, no Hospital de Viseu, nunca imaginou que a sua vida desse tamanha volta. Habituada a andar, dançar e trabalhar, há 18 meses que está parada. Um dia, num gesto normal, deu um jeito à perna e rompeu o menisco. Correu “seca e meca” à procura de ajuda. Foi vista por quatro médicos. Foi operada cinco vezes. Gastou milhares de Euros em cirurgias e exames, à custa de empréstimos bancários. Mas as dores continuam... A Lúcia diz que mal consegue andar. Impedida de trabalhar, passa os dias no sofá. Pela sexta vez em pouco mais de ano e meio, foi novamente operada. Desta vez, para colocação de uma prótese. A única solução apresentada pelo actual médico. Entretanto, já terminou a baixa de 18 meses e Lúcia voltou à Junta Médica para pedir nova baixa. Apesar de não poder andar por causa das dores, foi-lhe dito que tem de voltar ao trabalho. Ou então, pede licença sem vencimento. Lúcia não se conforma. Diz que não pode trabalhar e não aceita as alternativas que lhe apresentaram. Não pode pedir licença sem vencimento porque sem dinheiro, não pode pagar a casa, nem sustentar os filhos. É com revolta que Lúcia fala do caso. Vê-se num beco sem saída. Ela é a primeira pessoa a querer voltar ao trabalho, mas simplesmente não pode...

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