AUXILIAR ACÇÃO MÉDICA: PROFISSIONAL DE SAÚDE?
O Auxiliar de Acção Médica executa um indeterminado número de funções e todas elas necessárias para o desenvolvimento e funcionamento normal dos estabelecimentos de saúde.
O A.A.M. tem sido visto como aquele homem ou mulher que realiza um trabalho “fácil”, isento de responsabilidade, geralmente com um nível cultural baixo e com poucas pretensões para melhorar o seu estatuto como profissional de saúde.
Mas hoje, essa é uma visão que começa a não ser verdade, embora as funções que o A.A.M. continuem a ser praticamente as mesmas, mas nestes últimos tempos nota-se uma maior preocupação na formação destes profissionais e também uma cada vez maior preocupação quanto ao seu futuro.
Hoje, o A.A.M. é mais um dos elementos que integram as equipas multidisciplinares que trabalham nos hospitais, nos centros de saúde e noutros estabelecimentos que prestam cuidados de saúde. Com esta lenta mudança de mentalidades, os A.A.M. assumem cada vez mais uma maior responsabilidade na realização das suas inúmeras tarefas.
Um factor que nos tem afectado é a dupla dependência a que os A.A.M. estamos sujeitos nos nossos locais de trabalho: hierárquica, por um lado, porque dependemos do nosso Encarregado de Sector e por outro, estamos sob as ordens dos Enfermeiros Chefes do serviço onde estamos a trabalhar.
Temos que começar já a construir o nosso futuro. Não deixemos que ninguém o faça por nós. Os A.A.M. são um grupo profissional que está disposto a assumir novos desafios e o principal é sermos reconhecidos como aquilo que realmente somos e executamos no nosso dia a dia: PROFISSIONAIS DE SAÚDE.
Queremos o reconhecimento do nosso trabalho que diariamente vimos a desenvolver na área da saúde e não é ficarmos incluídos num enorme saco de “Assistentes Operacionais”mas devemos exigir aos responsáveis pela Saúde do nosso país uma formação bem regulamentada e dirigida para a nossa categoria de Auxiliares de Acção Médica com o Certificado Aptidão Profissional dando assim cumprimento às directivas da União Europeia. A nossa profissão cada vez mais é mais exigente quanto aos conhecimentos em cuidados de saúde os quais não se devem basear apenas nos anos de trabalho e nos hábitos entretanto adquiridos e nem pela experiência adquirida durante esse tempo, mas deve-se basear na formação profissional contínua.
E se possuirmos o CAP, o nosso estatuto também muda e todos ganhamos com estas mudanças.
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