25/07/13

TRABALHAR EM BOAS CONDIÇÕES DE HIGIENE E SEGURANÇA




   A ACT ( Autoridade para as Condições do Trabalho ), é um serviço do Estado que visa promover as condições de trabalho, higiene e segurança dos trabalhadores no nosso país.
   Este organismo estatal faz inspecções por todo o país. Tem detectado várias irregularidades: horários de trabalho para além do limite legal, é uma delas. O número de horas que os trabalhadores efectuam ultrapassa claramente o que a lei estipula. Os inspectores da ACT detectaram a existência de trabalhadores que entram regularmente às 8 horas da manhã e saem às 20 da tarde.
   Também esta situação se passa em muitos dos estabelecimentos que prestam cuidados de saúde aos cidadãos, muitos deles fazendo parte do SNS ( hospitais, centros de saúde, Usf,...). Lembro que muitos Assistentes Operacionais, por diversas razões que lhes são apresentadas pelos seus superiores, entram ao serviço às 8 horas da manhã e saem às 20:00, após 12 horas de trabalho. Outros exemplos de sobrecarga horária é muitas vezes o iniciar o trabalho nocturno às 20:00 e chegada a hora de saída, que devia ser às 8:00 da manhã, o Assistente Operacional é quase que obrigado a continuar a trabalhar mais 2 horas, ou até às 14 horas, porque a falta de outro colega ou por falta real de pessoal assim leva a esta situação.
   A ACT tem actuado um pouco por todo o país, não sei se também inspecciona os trabalhadores e as condições de trabalho  nos hospitais e estabelecimentos similares. Sei que às empresas que não cumprem a lei, não se livram de processos de contra-ordenação e das multas respectivas.
   O mesmo deve ou devia acontecer com os profissionais de saúde.

19/07/13

SOMOS OU NÃO SOMOS IMPORTANTES

 

 O mundo da saúde está em mudança, se é que alguma vez parou de mudar. No caso dos Auxiliares de Acção Médica, a que agora chamam de Assistentes Operacionais e a que futuramente irão chamar de Técnicos Auxiliares de Saúde, parece que tudo está na mesma. Mas não, estão a realizar-se mudanças e não apenas em relação ao nome, mas desde 2010 que está aprovado um novo Referencial de Formação que está registado no Catálogo Nacional de Qualificações, conferindo aos Técnicos Auxiliares de Saúde conhecimentos e aptidões para trabalhar nos diversos serviços dos estabelecimentos de cuidados de saúde.
   A carreira de Auxiliar de Acção Médica, que tinha sido criada em 1980 por Decreto Lei nº109/80, só nove anos depois (!) e por Despacho Ministerial nº7/89 é que viu criado o Curso de Formação de Auxiliar de Acção Médica, com o objectivo de a partir desta data passaria a ser exigido para poder ingressar na carreira. Estava tudo definido e as tarefas seriam executadas sob orientação directa dos enfermeiros.
   Ainda a carreira dava os primeiros passos e já o Decreto-Lei nº231/92 regulava as carreiras gerais dos estabelecimentos e serviços dependentes do Ministério da Saúde. Com este decreto foram então alargadas as competências dos Auxiliares de Acção Médica que trouxeram consigo a necessidade de acrescidas competências técnicas e comportamentais.
   Em 2008, o Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia aprovaram e divulgaram o Quadro Europeu de Qualificações, através da Recomendação 2008/c 111/01, de 23 de Abril de 2008.
   Esta alteração e "obrigação" deu início a uma nova definição do novo perfil do Auxiliar de Acção Médica e que só foi concluído em 2010. Pelo meio, entre 2008 e 2010, foi aprovada a Lei nº12-A/2008 que acabou com as carreiras dos Serviços Gerais da Função Pública, passando os Auxiliares de Acção Médica para a carreira de Assistentes Operacionais, permanecendo na prática a sua actividade diária na mesma em relação às tarefas que lhe estavam atribuídas. Ao mesmo tempo que os Assistentes Operacionais nascem, pouco tempo depois, no Quadro Nacional de Qualificações surge apenas a profissão de Técnico Auxiliar de Saúde.
 

12/07/13

A MISSÃO DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS

   Longe vão os tempos em que as administrações hospitalares planeavam e supervisionavam e os trabalhadores apenas executavam o trabalho, e ponto final.
   Hoje, os hospitais como organizações que são, definem a missão, a visão, os valores e objectivos contando com a colaboração de todos os seus trabalhadores.
   Os recursos humanos são o coração de qualquer organização. A existência de programas de formação periódica, através de programas qualificados e dirigidos à actualização de conhecimentos e a práticas dos Assistentes Operacionais, é fundamental para o sucesso do hospital, centro de saúde ou outro estabelecimento dedicado aos cuidados de saúde e sociais das pessoas.
   Nós, Assistentes Operacionais, temos que admitir que com o passar do tempo, perdemos progressivamente algumas capacidades e com impacto na qualidade do nosso trabalho. Por isso, temos que encontrar e definir modelos de formação que nos possa requalificar e certificar competências de tempos a tempos.