07/05/16

AS MESMAS HORAS DE TRABALHO PARA TODOS




 O quadro que apresento em anexo revela-nos que trabalham no Ministério da Saúde mais de 25000 Assistentes Operacionais. Os enfermeiros ocupam o primeiro lugar e vêm logo a seguir os Assistentes Operacionais como segundo grupo profissional a desempenhar funções no Serviço Nacional de Saúde. Somos mais de 25000, mas nem por isso se tem sentido a sua força reivindicativa.
   Há no entanto dois factos que nos podem trazer alguma esperança para o futuro.
  O primeiro, diz respeito à ATSGS - Associação dos Trabalhadores dos Serviços Gerais da Saúde http://www.atsgs.pt/p/adesao/, que no passado dia 14 e 15 de Abril reuniu com o Ministério da Saúde e Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS). A associação enviou aos seus associados um comunicado onde revelam que nessas reuniões foram abordados vários assuntos e destacam a carreira de Técnico Auxiliar de Saúde, a aplicação das 35 horas  de trabalho semanais, a falta de Assistentes Operacionais, o excesso e a existência das “cargas horárias” e de trabalho com muitas horas positivas, a ausência de motivação por falta de formação, do seu reconhecimento, da sua valorização e respectiva certificação das suas competências. A ATSGS informa que foram bem acolhidos, aceites, compreendidos e valorizados os problemas apresentados. Segundo o parecer da associação, existe todo o empenho e determinação por parte do Ministério da Saúde e Administração Central do Sistema de Saúde, para resolver estes problemas e constrangimentos, o mais breve possível.
   O segundo facto é o resultado da reunião que esta semana, os diversos sindicatos tiveram também com o Governo. Dessa reunião saiu a garantia que o diploma das 35 horas de trabalho semanais entrará em vigor a 1 de Julho, mas em algumas carreiras o novo horário depende da negociação. Ora os sindicalistas ficaram sem saber se os trabalhadores do Estado com contrato individual de trabalho, se a redução será imediata ou dependerá da negociação de um instrumento de regulamentação colectiva.
   Vamos aguardar até ao fim do mês de Maio, data em que a Assembleia da República vai aprovar ( ou não ) o diploma que reporá as 35 horas.
   Ora como foi noticiado aos quatro ventos, o Governo já assegurou aos enfermeiros que vão todos eles ser contemplados com a redução do horário, mesmo aqueles que têm contrato individual de trabalho em funções públicas. Mas está a escapar aqui qualquer coisa, o Governo não esclareceu o que vai fazer aos outros trabalhadores que trabalham para o Estado em regime de Contrato Individual de Trabalho, ao abrigo do Código do Trabalho.
   É neste grupo de pessoas que estão incluídos muitos dos assistentes operacionais. Também os Administrativos e os Técnicos estão numa situação igual à dos Assistentes Operacionais.
   A grande dúvida neste momento será a de saber se todos estes trabalhadores estarão também a ser tidos em conta. Pelos sindicatos sabemos que desejam que a lei seja igual para todos, defendem as 35 horas para todos, independentemente dos tipos de contratos e da função que desempenham. Mas em que condições?
   Vamos esperar que os Assistentes Operacionais não sejam mais uma vez desrespeitados e desconsiderados como irrelevantes trabalhadores.





8 comentários:

Anónimo disse...


Já li o comunicado da ATSGS.

Penso que voltamos a ver a esperança da luz ao fundo do túnel.

Este é um comunicado da responsabilidade da ATSGS, mas deve ter o aval do Ministério da Saúde e Administração Central do Sistema de Saúde, pois se assim não fosse, não seria divulgado em geral na opinião pública e em especial nas instituições do serviço nacional de saúde.

Neste novo ciclo político, acredito que a ATSGS terá uma voz credível e responsável com a tutela.

Espero que sejam firmes e combativos e não se deixem iludir, porque não queremos viver de ilusões, mas sim de realidades.

A minha luta é a vossa luta. Força ATSGS

Nincas

Anónimo disse...

Nincas és a/o maior.

Concordo com o que dizes.

Força aos dirigentes da Associação em geral e em especial ao António Carvalhosa e António Pinto.

Sempre disseram quais são os seus objectivos e pelo comunicado que já li, estão a cumprir.

Acredito neles porque sabem, estudam, reúnem e lutam pela valorização das funções dos Assistentes Operacionais.

Força companheiros,

Beijinhos da petinga.

Anónimo disse...

Petinga é sardinha.

Estou a brincar, pois o que dizes é muito sério.

Não conheço nenhum dos elementos da ATSGS, mas já ouvi falar do António Pinto e do António Carvalhosa que são da nossa guerra e estão na nossa luta há muito tempo.

Não sou associado, mas o comunicado que julgo ser verdadeiro no seu conteúdo leva-me a aderir à associação que nos representa no sector da saúde.

Petinga / sardinha. Tem cuidado, porque se aproximam dias em que vais ser assada/o e comida/o, espero que não aconteça o mesmo à ATSGS, porque é o nosso farol.

Não leves a mal, mas de tristezas como as dos assistentes operacionais estamos cheios, pelo que temos que desabafar.

Até breve.




Anónimo disse...


Olá amigos.

Falam tanto do comunicado da ATSSG e da reunião no Ministério da Saúde. Onde o posso encontrar?

Agradeço informação, pois esse comunicado deve ser importante.

Marcos,

Técnico Auxiliar de Saúde / Assistente Operacional

Unknown disse...

Romance baseado em fatos reais, que acompanha o dia a dia de uma médica emergencista, Dra Veronika Maran, na lida diária para salvar vidas no SUS (sistema brasileiro de saúde pública), enquanto tenta equilibrar sua vida pessoal rodeada por traumas, luto mal resolvido, relacionamento familiar complicado e medo de se envolver emocionalmente.
Sagaz, inteligente, forte e destemida, Veronika sabe a que veio.

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PRIMEIRO CAPITULO COMPLETO:
https://doc.co/PaB8Ao

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Inspirado em obras como Greys Anatomys, ER, House e Jessica Jones.
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"Eu sou o improvável. Estava predestinada a ser ninguém. Pobre, mulher, descendente de negro, de índio, de fugitivos italianos, ou seja, do que muitos consideram a miscigenação da escória. E olha onde estou!?"- Veronika Maran.
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Sobre o autor: Jule Santos, tem 29 anos, médica, desde 2010 trabalha com pronto socorro, desde sempre quis ser escritora, é apaixonada pelo SUS e torce para que esse sonhe nunca morra.

Anónimo disse...

olá, como posso contatar o autor/a deste blog?

Anónimo disse...

Vamos pintar a carreira de cor-de-rosa, dar formação em algálias e chama-la de "Técnica".

Na realidade o resultado é que continuam a ganhar a mesma miséria que os restantes funcionários públicos(excepto juízes, exercito e policias). Deixem lá o protagonismo cor-de-rosa, sejam bons no que fazem, e reivindiquem é salários melhores, acima dos da Bulgaria.

Anónimo disse...

Ninguém tem dúvidas que os AO´s são imprescindíveis nos serviços de saúde, mas como alguém dizia anteriormente os salários são baixos em relação ao trabalho que fazem.
A culpa é de todos os AO´s, organizem-se e lutem por melhores salários.
Façam greve, parem e vão ver a confusão que vai dar, verdade verdadinha, os enfermeiros e médicos devem ganhar mais que um AO, mas os serviços sem AO´s não funciona bem, dará confusão, nenhum serviço hospitalar funciona bem sem os AO´s.
Por isso digo mais uma vez, organizem-se, exigam mais salários, façam greve, parem.

Onde está o vosso sindicato?

20.11.16
Anónimo Anónimo disse...
Estou de acordo com o comentário anterior.

TUDO À GREVE

O sindicato dos técnicos auxiliares de saúde NÃO VALE NADA.

Se baixarem os braços serão mais espezinhados, quanto mais se baixam mais se lhes vê o cu.

Talvez não tenham sindicato, é o momento para o criar, exigir já novas condições, lutem por aquilo a que têm direito.

TUDO À GREVE JÁ

20.11.16