A notícia tem a sua verdade, ai tem. Uma pessoa não nasce
Assistente Operacional, nem médico ou enfermeiro. É ao longo da vida que tudo
se define e depois de estudos e TREINO encontramos uma infinidade de
profissionais.
Esta do CHSJ ainda vai dar muito pano para mangas.
E que dizer dos estagiários do recente curso Técnico
Auxiliar de Saúde? É um Curso profissional, subsidiado com dinheiro da UE,
estes profissionais vão futuramente trabalhar nos nossos hospitais e centros de
saúde, lares, clínicas. Sabem o que vão executar? As mesmas tarefas que hoje
executam os Assistentes Operacionais ( ex Auxiliares de Acção Médica ). Estes
jovens estão a ser formados e a estagiar nos nossos hospitais. Em que
condições? Com que orientações? Porque é que uns têm que estagiar a trabalhar
Manhã e Noite ( no mesmo dia) e outros colegas da mesma escola profissional
não, trabalham só Manhãs ou Tardes? Ou porque é que estes estagiários têm que
trabalhar aos sábados e aos domingos? Quem define as orientações destes
estagiários quando eles são entregues pelas escolas nos hospitais?
Por aqui e pelos procedimentos levados a cabo por alguns
administradores hospitalares, podemos observar e concluir que este grupo de
profissionais continuam a ser tratados como "indiferenciados", gente
que faz qualquer coisa, qualquer tarefa e a um preço mesmo baixo. Afinal, os
Técnicos Auxiliares de Saúde são ou não "aquele salto" qualitativo
dos ex-Auxiliares de Acção Médica? Haja RESPEITO PELO TRABALHO E RECONHECIMENTO
destes profissionais. Na saúde, os fins não justificam os meios...se há apertos
de dinheiros, isso não pode e não deve justificar os atropelos sem dó nem
piedade. Onde mora a MISSÃO, os VALORES, a FORMAÇÃO...das instituições
prestadoras de cuidados de saúde no nosso país?
Os portugueses merecem melhor.
8 comentários:
Só vos quero dizer algo, no meu, meu não, mas também não sei de quem, hospital, os técnicos auxiliares de saúde que por lá vão passando os dias, já andam uniformizados de bata branca, será que são o parente pobre do enfermeiro? Mais, foram entregues ao SENHOR/A CHEFE de ENFERMAGEM, mas quem faz o acompanhamento e lhes dá a verdadeira formação são os assistentes operacionais, mas, quem os está a avaliar são os SENHORES/AS ENFERMEIROS/AS. Será que os enfermeiros têm escolas de formação e são eles os formadores, só nos faltava mais essa. Por aquilo que conheço, mas provavelmente desconheço, os responsáveis dos serviços gerais nem sabem que eles andam pelo hospital. Isto, leva-me a pensar e se alguém souber que nos informe, será que nos estão a calçar uns patins? provavelmente não, pois esses fazem barulho, mas umas pantufas talvez. Ninguém nos informa de nada, ou não quer informar. Meus amigos e amigas, pelas minhas, digo minhas, contas, só me faltam 22 anos para me aposentar,digo só, pois somos, juntamente com os assistentes técnicos, a irmos para a mobilidade especial, mas estou o que há bem pouco tempo não estava, farta de fazer parte de um grupo profissional que está como a politica, está-mo-nos, melhor estão-nos a afundar e não há ninguém a pegar-nos pelos cabelos e a colocar-nos nas águas calmas e cristalinas. Estamos mesmo no lamaçal.
Concordo plenamente com tudo o que acaba de dizer! Trabalho há 17 anos nesta profissão e estou completamente desiludida. Andei em congressos a lutar pela valorização da nossa carreira, criou-se uma ASSOCIAÇÃO PARA DEFENDER OS NOSSOS INTERESSES E VALORIZARMOS O NOSSO TRABALHO e vejam o que tem acontecido.A nossa Carreira foi destruida, o salario base baixou ao nível do ordenado mínimo, passamos a ser Assistentes Operacionais, ou seja, ainda mais pau para toda a obra e ignorados completamente.
Estou completamente desiludida mas preciso do meu emprego!
Senhores anonymous assistentes operacionais, desde que o Governo do senhor Sócrates ( que aprovou a famosa Lei 12-A/2008, de 27 de Fevereiro ) decretou o fim das Carreiras dos Serviços Gerais, grupo onde pertenciam os Auxiliares de Acção Médica, os trabalhadores que desempenham funções nos estabelecimentos públicos de saúde e que integram o Serviço Nacional de Saúde, foram agrupados em três grandes carreiras: técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais. Desde esse momento está a ocorrer um processo lento de substituição, sobretudo de assistentes operacionais mais idosos, por pessoal contratado directamente pelas diversas instituições de saúde, sem abrirem concursos públicos para tal, recorrendo até a empresas externas para a prestação desses serviços, à semelhança do que ocorreu com a limpeza, a segurança, a alimentação e tratamento de roupa. Não quero deixar a ideia que sou contra as empresas que prestam actualmente alguns destes serviços, em alguns casos, com mais equipamentos e mais formação das pessoas que executam essas tarefas, antes executadas pelos auxiliares de acção médica. Portanto, o presente não é de rosas e os futuros Técnicos Auxiliares de Saúde têm uma longa "guerra" para travar. E hoje mais do que nunca os assistentes operacionais têm que mostrar que continuam a ser essenciais e importantes nos cuidados que os estabelecimentos de saúde oferecem aos seus utentes.
josnumar ; As maioria das pessoas estão tristes, desalentadas e até humilhadas! Temos muitas vezes chefias que se demonstram uma vergonha perante as dificuldades diárias, mas sempre prontas para apontar o parente pobre. No entanto, creio que somos muito úteis, se soubermos todos usar o nosso potencial a favor do povo, isto é, denunciar anonimamente, os podres de muitas instituições. Sei bem que muitos de nós até seremos beneficiados indirectamente. Colocar publicamente vergonhas ruinosas para o País. Exigir, (podemos exigir! E devemos!) sempre que determinada função seja executada e criticada pelos superiores, a mesma deve ser executada pelos mesmos para sabermos fazer! Trata-se do Exemplo!
Temos o velho problema de colegas, que teremos de apontar o dedo, ou pelo menos demonstrar-lhes de que somos prejudicados por ex. com excesso de trabalho quando ele se encosta.
Infelizmente, percebo e entendo de que quem aufere 485 euros Dentro da Administração Pública, não consegue nem tem grande vontade de demonstrar o seu desagrado a um sábado... somos demasiado brandos!
Bom Trabalho para Todos.
Houve tempos que a dignidade da nossa profissão era exaltada, reconhecida, a nossa entrega ao cuidado dos utentes, ao seu bem estar e á minimização de seus sofrimentos, mereciam justamente esse reconhecimento. Hoje em dia outros valores, não os nossos, são os preferidos, são esses valores o dinheiro, os lucros, o enriquecimento. Nós somos marginalizados para abrir caminho ao fluxo dos cifrões dos € euros e para poupar ainda mais com vista ao sentido do enriquecimento as nossas funções foram alteradas por estas sanguessugas, tornando-se mais abrangentes e transformando-nos numa espécie de funcionário publico multi-usos. Somos nós os Assistentes Operacionais. Desta forma inteligente os nossos opressores evitam a contratação de novos trabalhadores e com isto fazem os seus inteligentes pés de meia. Quanto a nós, que havemos de fazer? A opressão depois do 25 de Abril afinal existe.
Caro Josnumar, concordo plenamente com o seu comentário que demonstra uma grande CLARIVIDENCIA do assunto.È mesmo certo tudo isso que diz. Eu reclamo ainda mais, eu para ser um Auxiliar de Acção Médica paguei um curso com algumas economias que tinha, com grande sacrificio e não devo a minha formação ao Estado. Mas hoje verifico com tristeza como nós estamos a ser humilhados, ofendidos na nossa dignidade com a destruição da nossa Carreira. Comportamentos assim por parte dos nossos governos que elegemos são repugnantes. Então eu penso assim: Se a nós nos fazem isto que conselhos poderemos dar aos nossos filhos? Todo um esforço para conseguir uma profissão que considerava muito DIGNIFICANTE e afinal não temos um chefe de Estado para os pobres ...Temos sim ministros e 1ºs. Ministros para as BANCAS financeiras e para a Merkel. Só me faltam cerca de 10 anos para me aposentar se houver aposentação até lá. Fui feliz enquanto fui AUXILIAR DE ACÇÃO MÉDICA e agora que querem destruir-nos, tenho ainda coragem de lutar?
Agora eles vêm com o SIADAP para cima de nós. Eles agora dizem que nós já não temos objectivos definidos na nossa avaliação. O que quer isso dizer? Quer dizer que se não temos objectivos definidos, quais são as nossas funções? são todas, agora somos pau de tudo e de todos e para toda obra, é a meta da DEPRAVAÇÃO. Por isso eu não vou assinar nenhuma avaliação que não tenha definidas as minhas funções, vou até ás ultimas consequências.
Eles querem esconder-nos debaixo do tapete como os restos de pó que uma empregada doméstica varre, porque nós que estávamos virados para a humanização dos cuidados de saúde, não lhes interessamos, pois somos um impedimento á fluência dos cifrões que os Srs. embolsariam com a rapidez de execução no manuseamento dos corpos humanos como SACOS DE BATATA.
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