O PAPEL DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS
QUE TRABALHAM EM HOSPITAIS
Qual é o papel do Assistente Operacional que trabalha num hospital?
Que perspectivas têm estes profissionais, na prestação de cuidados, enquanto membros de uma equipa multiprofissional?
Os cuidados de saúde prestados num hospital envolvem equipas multidisciplinares que trabalham com o objectivo de optimizar a assistência aos doentes (ou utentes) que por diversas razões se dirige a um hospital. Cada equipa é constituída por médicos, enfermeiros e assistentes operacionais. Os médicos e os enfermeiros têm as suas funções bem definidas e as suas relações bem estabelecidas. Os Assistentes Operacionais também têm as suas tarefas a realizar e variam de local de trabalho para local de trabalho. As funções do Assistente Operacional possuem uma vertente bastante prática, activa e dinâmica e cada serviço hospitalar tem as suas particularidades. Contudo, existem muitas tarefas que se executam em qualquer serviço do hospital e que estão a cargo dos Assistentes Operacionais.
Os AO (assistentes operacionais) asseguram: serviço de mensageiro, acompanham e transportam os doentes em camas, macas, cadeiras de rodas dentro do hospital, colaboram na prestação de cuidados de higiene e de conforto dos doentes, sempre sob a orientação dos enfermeiros/as do serviço, distribuem as refeições e ajudam os doentes com dificuldade em tomar os alimentos sozinhos, tratam da mudança das roupas da cama e organizam-se de maneira a manter as enfermarias limpas e arrumadas.
No meio de tanto trabalho há com certeza diferenças entre o que são as suas funções e aquilo que efectivamente os outros elementos da equipa multidisciplinar lhes atribuem.
Um sem número de tarefas, algumas íntimas e diárias, aproximam os Assistentes Operacionais dos doentes, mais do que qualquer outro elemento da equipa multidisciplinar. Os AO estabelecem um tipo de relação interpessoal com o doente, escutam as suas necessidades e por vezes são confidentes do doente, acompanhando mais de perto a evolução da pessoa e da sua doença.
Os AO são muitas vezes menosprezados e considerados um parente pobre dentro dos hospitais. São profissionais que devido à natureza das suas tarefas, à falta de estudos, há constante supervisão dos enfermeiros/as e também aos baixos salários que auferem, são afastados da “elite” dos profissionais de saúde. Resta-lhes a consolação da aproximação emocional dos doentes que esperam ficar curados e enquanto permanecem no hospital se sintam num ambiente fraterno e solidário.
37 comentários:
A falta de estudos, não quer dizer que os auxiliares de Acçao Médica, são analfabetos, Quer dizer,isso sim, que não são exigidas habilitações acima do nível do ensino básico. Contudo é bom que saibam que existem muitos Auxiliares, com habilitações bem superiores ao exigido por lei e com muito boa formação, tanto moral como profissional,
Lamentamos que o governo tenha desclassificado(ainda mais)esta profissão.
Lamentamos que pelo facto de haver um vazio na lei, tenhamos passado a ser ainda mais,pau para toda a colher e tenha passado a ser admitido pessoal sem a mínima preparação, nem qualificação.
Esperemos que este governo, tenha a gentileza de pegar neste "grupo profissional" estudá-lo e valorizá-lo.
Aguardamos ansiosamente e pacificamente!....
Realmente ganhamos pouco e somos considerados por tecnicos, enfermeiros e medicos lixo mas temos sempre uma coisa q pelo menos a mim me da grande alegria e eles n tem o agradecimento dos doentes.
Teresa Cardoso.
A falta de estudo não quer dizer,
incapaz. Para haver carinho e o afecto que o doente precisa, não está no canudo, mas sim na boa formação,e educação da pessoa.
Tenho poucos estudos só a escolaridade, óbrigatoria, mas muito afecto e respeito,pelas pessoas e principalmente por quem está doente, e precisa de tudo o que nós pessoas como eu ainda têm para dar.
Teresa Cardoso.
A falta de estudo não quer dizer,
incapaz. Para haver carinho e o afecto que o doente precisa, não está no canudo, mas sim na boa formação,e educação da pessoa.
Tenho poucos estudos só a escolaridade, óbrigatoria, mas muito afecto e respeito,pelas pessoas e principalmente por quem está doente, e precisa de tudo o que nós pessoas como eu ainda têm para dar.
Ola tb eu sou uma dita AO como vós, com já alguns anos de carreira,mudam-nos o nome, o vencimento em ano de eleições,mudam-nos de serviço sem nos perguntarem o que queremos ou apenas o que sentimos em relação a tudo isto, mas nunca nos vão conseguir mudar o carinho e os vários obrigado que nos dão todos os dias,um grande abraço e continuem nesta nossa luta que é valorizarem-nos
Há pessoas com habilitações acima das exigidas para a função ou do ensino básico, com licenciaturas e cursos técnicos a desempenhar funções de operacionais nos hospitais. Mas nem vamos por aí, são consequências da crise que nos impõem. O ser humano, a pessoa independentemente da sua formação escolar dispõe da capacidade de adquirir competências pela experiência,sensibilidade, formação adequada e dignificação do posto que ocupa, e também uma dose de resilência para evitar desgaste. Conseguindo gerir o que se é solicitado pelos procedimentos hospitalares e a sua relação com o utente e pessoal da equipa médica. É de facto honroso e dignificante o que podemos aprender.
Em relação aos estudos eu falo por mim, tenho uma licenciatura em radiologia e o hospital onde trabalho como assistente operacional ignora me e prefere nao me mudar de carreira, o que mais me custa é a direcçao de enfermagem ter conhecimento do caso e tratar-me com um total desprezo e promiscuidade
entrei no blog por acaso,porque encontrei uma imagem que me interessava. achei interessante o que li e concordo. Convido-o(a) a ler o meu post sobre assistentes operacionais. pesquise "porquedeixeideserenfermeiro.blogspot.com"
Lamento as pessoas serem assim pois não sabem daquilo que falar. Estou como AO a pouco tempo num hospital e se as pessoas se valorizam pelos estudos então o que são os enfermeiros que só tem o 6 ano (antigo 2 do ciclo), pois é verdade estes profissionais de saúde tem menos estudos que eu e os meus colegas que somos AO. Em Portugal não se esclarece de uma vez por todas as funções dos AO, pois nos numa enfermeira estamos a fazer de tudo só mesmo os pensos e a medicação é que não. Eu penso que já era altura de o governo esclarecer as funções pois agora que estão numa de poupar já viram o dinheiro que metiam ao bolso em ordenados elevados de alguns enfermeiros que podiam mandar embora?! Em quanto o AO anda a correr de um lado para o outro a por arrastadeiras, mudar faldas, dar as refeições, fazer camas, fazer higiene ao doente, dar apoio de tudo o que ele necessita, todo o trabalho que envolve o material, lixos, limpeza da enfermeira apoio aos enfermeiros quando estes estão a fazer pensos, ouvir e apoiar o doente e a grande maioria das vezes nos é que alertamos ao enfermeiro quando algo esta mal com a saúde do doente. E em quanto isto o que os enfermeiros estão a fazer? Bem com isto tudo deixo algumas perguntas!
- Numa enfermeira quantos AO estão?
- E o números de enfermeiros?
-O que os enfermeiros fazem alem da medicação e dos pensos que os AO não fazem?
-Porque os AO não estão na passagem de turno junto com os enfermeiros se são eles que mexem mais no doente (era evitado de andar atrás deles)?
-Será que o doente não ficava melhor se as nossas funções fossem definidas?
-Não era melhor para o governo por as nossas funções oficiais como tem a Espanha e mandar os enfermeiros para os sofás das casas deles?
Fazendo contas numa enfermeira com 40 doentes tem no turno da manha 7 enfermeiros e 2 AO num turno da tarde tem 3 enfermeiros e 1 AO, da noite tem 2 enfermeiros e 1 AO. Agora pensem nas tarefas reais! Ai pois enfermeiros assentados e os AO a correrem de um lado para o outro! Quem sofre? Resposta o doente e o pobre do AO.
MENISTRO DA SAUDE QUE O TENHO TANTO EM CONTA JÀ VIU O DINHEIRO QUE IA POUPAR METER MAIS ASSISTENTES OPERACIONAIS E MANDAR EMBORA ENFERMEIROS BASTAVA UM OU DOIS PARA A MEDICAÇÃO ATÉ OS PENSOS MUITOS ASSISTENTES OPERACIONAIS SABEM FAZER COM ESTRUÇÕES MEDICAS.
sou AO e faço de td em uma enfermaria, no expurgo com varios materiais contaminados... ganhando apenas 20% de salubridade, trabalhamos muito e ñ somos reconhecidos, sem nós os hospitais parariam pois tem enfermeiros que só conhecem seus setores, e ñ o restante do hospital, laboratórios, radiologia endoscopia etc...somos uma classe humilhada!
TINHAMOS QUE SER RECONHECIDOS, E NOSSO TRABALHO VALORIZADOS. NA AREA DA SAÚDE A MUITAS PESSOAS ARROGANTES, TENDO EM VISTA QUE ESTAMOS ALI PARA O BEM DO PACIÊNTE, MAS NA PRATICA NÃO FUNCIONA ASSIM!
Boa tarde,
Estou a frequentar um curso de auxiliar de saúde.
Gostaria de saber se me pode fornecer informação sobre esta atividade, nos centros de saúde.
Obrigada.
daisyane@sapo.pt
Não temos grande valor para a maoiria dos profissionais de saude e não só isto inclue os membros admnistrativos ,e isso vê se no nosso salario que é miserável estando eu na profissão
há perto de 24 anos e tendo um ordenado de 583.00 (uma fortuna) mas o que me orgulha é que tenho o reconhecimento de todos os doentes que ajudei a tratar e coitados deles sem o nosso apoio e sinceramente coitados dos outros
profissionais sem a nossa ajuda
ganham o ordenado minimo, os que nao sao funcionarios publicos e por isso sao considerados "analfabetos"... santa paciencia
Eu que sou enfermeira e trabalhei seis anos em Portugal, vim trabalhar para Inglaterra devido as condicoes do nosso pais, admire muito os assistentes operacionais, pois sao tao fundamentais como outro professional qualquer no ramo da saude, so permitam-me dizer que esat pessoa que aqui diz que podiam despedir os enfermeiros e ficar so com os auxiliaries porque ate podem aprender a fazer pensos...deixe-me que lhe diga que voce esta a viver na profunda ignorancia e mais lhe digo que pessoas como voce poe em risco a vida dos doentes por pensarem que sabem tudo e mais alguma coisa. Todos os profissionais sao precisos e cada um com as suas funcoes.
Não misturem a boa educação das pessoas com o cargo ou estudos que possuem. Sou AO num hospital e no meu serviço sou tratado como igual perante Doutores e Técnicos apesar de ter estudos equivalentes a uns e superior a outros. Já fui chamado a atenção quando no meio de uma frase indicava que o meu posto era inferior ao deles pedindo que não o referisse assim. Se calhar é do meu serviço mas também sou tratado de igual para igual por alguns enfermeiros entre eles chefes e coordenadores no meu hospital. Falo com Doutores, brinco com eles e não sou subjugado profissionais de saúde. Sou no entanto submetido a subjugações dos meus próprios colegas AO que tentam subir de posição empurrando os colegas para baixo, esses sim são bastantes.
Valorizo os colegas AO dos internamentos por toda a boa vontade, mas no entanto, encontro muitas patranhas e intrigas que os levam a discutir e afastarem-se, levando por vezes a serem subjugados pelos profissionais de saúde.
Devemos ser valorizados sim, mas pela razão certa...
Sou duplamente licenciado, especializado e a caminho da terceira licenciatura, acabei como AO mas faço o meu serviço por gosto e isso compensa muito ao lidar com terceiros.
Concordo com os comentários que li... reforço que, atualmente, a falta de estudos não se aponta, uma vez que no hospital onde trabalho exigem o 12º ano e a maioria de nós somos licenciados, que desenvolvem a função de auxiliar, ( que é o nosso caso, pk trabalhamos numa instituição publico privada e foi-nos retirada a carreira de de AO ou qualquer possibilidade de progressão) fruto da conjuntura atual.
De qualquer forma, deve destacar-se a polivalência de tarefas desenvolvidas por esta categoria profissional e a sua falta de reconhecimento, que implicam, muitas vezes, " a correria" para cumprir o objetivo diário, o que, por sua vez, se repercute no doente, que tem neste funcionário o grande apoio diário dentro do hospital e com a dita correria, o perde muita do apoio que necessita.
Dito isto, não aredito que esta situação alguma vez vá mudar, pois esta classe não tem qualquer apoio sindical específico. Cabe a cada um de nós tentar estar lá para o doente sempre que possível.
Os A.O., senão fossem maus uns para os outros, só faziam o que lhes competia, mas como existe colegas que vão por trás fazer o trabalho do Enfermeiro, o colega que não fizer é corrido do serviço, dada a grande mafia que existe nas funções dos Enfermeiros. Quando chega um enfermeiro acabado de ingressar começa a fazer as tarefas tal e qual conforme aprendeu no Curso, depois os colegas dão um corretivo dizendo que aqui é assim os A.O., é que têm de trabalhar nós somos Dr/s.
Haveria muito coisa para dizer...
Penso, que Sindicato e Governo deveriam de CLARIFICAR AS FUNÇÕES DOS A.O. E DOS ENFERMEIROS,para bem do doente.
Toma lá morangos
e ainda mais triste é não haver espírito de equipa entre os AO e o resto, pois só servimos para fazer trabalho pesado que ninguém quer fazer... mesmo entre os AO é o empurra a tarefa para o outro pois "o doente não é meu"... penso que estamos todos para o mesmo, pelos os doentes ou utentes, mas afinal não... já merecemos um bom aumento na salário. Os AO são verdadeiras máquinas que sabem fazer tudo, porque aguenta dar banho de cadeira sozinho a dez doentes, mas outros profissionais de saúde "morrem" se derem um...
poderia me informar que é que comanda este blog eque estou a realizar um trabalho na area da saude e usei informações deste bom blog mas tenho que mencionar o autor por exemplo:
Dr.Rui Mendonça médico de neurologia Hospital da Cruz Vermelha
Obrigada e aguardando resposta urgentemente...
Tudo o que li é quase a realidade ,tirando a parte de ser tratada como lixo,isso não concordo a enfermagem médicos etc tratam me bem mas tem outras pessoas ke realmente abusam muito de nos...não se lembram que sou AO há 28 anos já com algumas mazelas e as forças se vão esgotando,é de lamentar mas como diz o ditado(Deus é Pai) adoro os doentes ,pois só eles nos compreendem e nos elogiam enchem o nosso ego e nos dão o verdadeiro valor. OS Grandes ,sim os senhores do poder ,nos deveriam dar um ordenado digno porque o merecemos,não é os miseros 549,49 euros mensais QUE VERGONHA
Sou Auxiliar há 26 anos,com orgulho tenho desempenhado as funções que estão contempladas na legislação mais às que me são atribuídas,em cada organismo ou serviço por onde já passei.
Quando iniciei funções em 1990,tinha apenas o ensino primário pois assim que o terminei comecei logo a trabalhar para ajudar os meus pais nas despesas da casa. Não tive a oportunidade que muitos desperdiçam mas isso nunca me impediu de chegar mais alem. Voltei a estudar ate completar o 12° ano,sempre a trabalhar e tomar conta dos filhos.
A única coisa que me entristesse é na verdade a nossa profissão ser tão mal remunerada,durante muito tempo fui obrigada a trabalhar em duplo para fazer face às despesas mas ainda assim nunca deixei de o fazer com um sorriso no rosto.
Um bem haja a todos os auxiliares da saúde.
.
Eu sou enfermeira há 20 anos. Licenciada. A descrição que faz sobre a enfermagem e os OA demonstra ignorância pura. Os OA têm um lugar importante na equipa de trabalho no dia a dia . O problema é que a formação cada vez é menor e alguns acham que as suas funções não deveriam ser as de OA pelo facto de possuírem uma licenciatura noutra área. Tenho o maior respeito e carinho pelos OA de meu serviço felizmente .
Eu sou enfermeira há 20 anos. Licenciada. A descrição que faz sobre a enfermagem e os OA demonstra ignorância pura. Os OA têm um lugar importante na equipa de trabalho no dia a dia . O problema é que a formação cada vez é menor e alguns acham que as suas funções não deveriam ser as de OA pelo facto de possuírem uma licenciatura noutra área. Tenho o maior respeito e carinho pelos OA de meu serviço felizmente .
eu sou auxiliar desde 1973 ,mas muito nova para a reforma .nunca trabalhem tanto como agora ,não há respeito pela nossa classe cada vez trabalhamos mais , é so deveres ,e o nossos direitos !! realmente vim muito nova para o hospital ,tinha 12 anos sim para ajudar a minha família por isso não pode estudar tenho sexto ano me vasta ,mas não é por isso que devemos ser descriminados como somos .... para muitos superiores nos não valemos nada .......
deixo um pensamento- é melhor aprender latim ou melhor aprender matemática? É melhor não ser estúpido.- Sou auxiliar de acção médica ha 1o anos,e não me sinto inferior a ninguém por mais que já tenha sentido a humilhação, a falta de educação de superiores, exerço as minhas funções com responsabilidade, diligência e sendo cordial simpática, atenciosa, muitas vezes com dor, mas essa é só minha, ninguém tem que levar com as minhas dores, ou problemas, e sim sinto muitas vezes que sou olhada com desdém pelos outros profissionais, não me afecta absolutamente, pelo contrário fortalece-me sei o que sou sei quais as minhas funçoes e é so isso que importanta, mas sim o governo deveria ha muito olhar para a carreira de assistentes operacionais outrora auxiliares de acção médica com justiça.
Becas,muito interessante o que diz sobre o carinho e respeito que diz ter pelos A.O. do seu serviço, não deixa de ser curioso que por duas vezes se refira á minha categoria como "O.A."
ora vamos lá por o dedo na ferida.quando é dito colaboração com o enfermeiro ,não é bem assim pois em muitos serviços os ao São quase sempre obrigados entre aspas,a fazer a higiene a doente acamados quase sem ajudas dos Enf.ou em doentes que estão classificados como total é põe-nos nas cadeias sanitárias sem a mínima condição para nós "ao"dar-lhes o banho onde está estabelecido que os mesmos tens de ser dados pelos Enf.Por isso não colaboramos mas sim fazemos o trabalho do Enf.
Sou enfermeiro há 2 anos. Não noto diferença nenhuma na forma como iniciei funções e na forma como desempenho actualmente relativamente ao que peço (com amabilidade até porque tanto eles como eu sabemos que lhes peço às vezes coisas que são da minha função.) No entanto vou este mês sair do país e tenho todos os auxiliares do serviço a pedirem-me para ficar. Os auxiliares vêm que nós (enfermeiros) saimos 1h 1h30min depois da nossa hora de saída sem ninguém nos pagar nada. E se delegamos tarefas é porque nao temos tempo para as fazer... Nao entendo porquê esta guerra. São duas profissões que trabalham juntas... E que em vez de guerrear deveriam se unir... Eu nao consigo trabalhar sem os auxiliares do meu serviço, e noto uma diferença enorme quando tenho auxiliares com menos experiência, desde ter de gerir conflitos com utentes e familiares de utentes para evitar queixas ao serviço (e fico furioso claro! já tenho pouco para fazer ainda vou perder 40 min com isto!) até ver prestação de cuidados menos boas. De qualquer forma da minha experiência vejo mais auxiliares a serem mauzinhos para os colegas do que enfermeiros...
Aqui são ditas muitas verdades...Fui AO com muito orgulho durante muitos anos em Portugal. ..E a verdade é que os AO fazem muitas vezes o trabalho do enfermeiro....mas como tudo há excepções e cruzei-me com enfermeiros que deitavam a mão a tudo,outros que apenas tinham empregados para fazer tudo e mais alguma coisa....Hoje sou HCA...Faço realmente mais trabalho de enfermagem mas tirei um curso e formação na área. ...não limpo chão nem tiro lixos....sou tratada com o respeito que merecemos e pagos de acordo com a nossa categoria....Amo o meu país e acho que está na hora de os AO serem tratados com a dignidade e o respeito que merecem....e srs enfermeiros por uma arrastadeira não vos faz cair as mãos. ...porque trabalho com enfermeiros portugueses que aprenderam ou tomaram consciência que somos todos parte de uma equipe....depois do primeiro choque ao verem HCA fazerem parte das coisas que julgavam serem só parte de enfermagem....aprenderam que há respeito e acima de tudo a dividirem tarefas....Um Bem haja para os meus colegas Assistentes Operacionais tenho muito orgulho de um dia ter sido AO tambem
Ninguém tem dúvidas que os AO´s são imprescindíveis nos serviços de saúde, mas como alguém dizia anteriormente os salários são baixos em relação ao trabalho que fazem.
A culpa é de todos os AO´s, organizem-se e lutem por melhores salários.
Façam greve, parem e vão ver a confusão que vai dar, verdade verdadinha, os enfermeiros e médicos devem ganhar mais que um AO, mas os serviços sem AO´s não funciona bem, dará confusão, nenhum serviço hospitalar funciona bem sem os AO´s.
Por isso digo mais uma vez, organizem-se, exigam mais salários, façam greve, parem.
Onde está o vosso sindicato?
Estou de acordo com o comentário anterior.
TUDO À GREVE
O sindicato dos técnicos auxiliares de saúde NÃO VALE NADA.
Se baixarem os braços serão mais espezinhados, quanto mais se baixam mais se lhes vê o cu.
Talvez não tenham sindicato, é o momento para o criar, exigir já novas condições, lutem por aquilo a que têm direito.
TUDO À GREVE JÁ
Perfeitamente de acordo
boa tarde, sou AO há 5 anos, e posso garantir que somos tratados como lixo, trabalho num centro de saude cheio de defeitos como todos os sectores da saude, mas no centro de saude onde trabalho tratam os AO como se pudessem fazer tudo e mais alguma coisa, e por vezes me pergunto se é da nossa competencia fazer certas coisas.. como por exemplo, estar a ajudar um enf num curativo e o proprio administrativo me chama para tirar uma fotocpocia? como por exemplo termos de ir fazer depositos de dinheiro, e sairmos do serviço onde estamos a auxiliar a enfermeira de consulta aberta! sincermante é o cumulo! sinto que somos tratados como empregados para todas as tarefas!!! alem de ser cumulo haver empresa de limpeza no centro de saude e dizerem que é a nossa obrigaçao manter o centro de saude limpo... tirei o curso de tecnica auxliar de saude em 3 anos numa escola profissional, a verdade é que infelizmente exerço a minha funçao principal uns 20% o resto é funçao administrativo ou entao da empresa de limpeza.. ja ouvi muitas vezes os administrativos falarem que os auxiliares nao fazem nada, mas o nosso trabalho está feito eles é que nao o veêm..esterizaçao, tratamentos de roupa, ajudar os utentes, auxiliar enf, ir para domicilios com os respectivos enfermeiros, tudo isso e muito mais é da nossa competencia que eles nao valorizam nem vem o nosso trabalho.. acabo dizendo que ainda bem que posso desabafar um pouco e me entendem no que digo...
Cheee... li os comentários todos. Sei que nem em todos os locais de trabalho, neste caso nos hospitais, um trabalhador com uma considerada categoria profissional de baixo nível por palhaços não é tratado como de baixo nível ou baixa categoria. Mas pela experiência que tenho em trabalhar em portugal, lol, já comi o pão que o diabo amassou que nem conto as cenas.
Entretanto trabalhei num grande hospital em londres há mais de 10 anos como porter, ou AO o que chamam aqui, e lá só fazia o transporte de pacientes em macas, camas, cadeiras de rodas, ou acompanhamento a caminhar para a enfermaria ou departamento para análises caso o paciente quisesse.Transportava análises quando o sistema de envio por tubagem de ar estava a funcionar mal, e quando haviam muitas. Transportava sangue, plaquetas etc para salas de operação, e máquinas também. Não faziamos limpezas a não ser no nosso departamento dos porters/AOs nem davamos comida aos pacientes. Eramos sempre bastantes, nunca havia sobrecarga de trabalho.
Vim há pouquíssimos meses da inglaterra, e o ultimo trabalho foi de AO mas indo a casa dos pacientes, pois há muita gente doente e idosos na inglaterra, e limpava o merdelim deles, dava lhes banho, ás vezes cozinhava algo, e arrumava algumas coisitas, entretanto nunca fiz mais do que o que considerava que eram as minhas tarefas, e essas estavam bem estipuladas no employers handbook k eu lia e leio sempre antes de começar a trabalhar. Mas já vi que aqui em portugal é sempre a mesma coisa nestes locais, um bando de cus assentados e os outros a bulir que nem bixos, e aqui não se tá com meias medidas, a verdade se diga.
Aqui já recusei 2 trabalhos em hospitais, pois prometi me que nunca mais ia limpar merdelim de pacientes. Entretanto tenho 2 diplomas, um de técnico de eletrónica e outro de personal trainer, que ao fim de 40 anos se não tivesse progredido, evoluido, então não poderia andar a escolher como tenho escolhido, tenho mais portas abertas. Entretanto não acaba por aqui. Adquiri altos e avançados conhecimentos de terapias holisticas e cura permanente a partir de coisas naturais apenas, e em breve irei adquirir o diploma, nem que para isso tenha que ir pró outro lado do mundo, mas creio que não vai ser preciso, pois aqui em portugal mesmo não estando muito avançados nessas terapias, as coisas estão a mover se, devagar como sempre, mas era pior se tivessem paradas. E digo vos, sejam enfermeiros, sejam médicos, se não evoluirem, se não adquirirem outras competências, visto que tudo anda a virar vegetariano, vegan, nutricionalmente consciente e a adquirir mais conhecimento, aquele que nos suprimiram durante tantos anos, esses médicos e enfermeiros vão limapr rabos, e nós os humildes, modestos, e considerados de classe baixa como fui e ainda sou um pouco vamos sempre ser simples e compreensivos. Entretanto reconheço que existem muitos com funcões consideradas de baixo nível categórico que são uns só lixam os outros pra não usar outras palavras, e esses é que não valem nada. Mas também quem quer saber desses, pois esses também um dia deixarão de existir.
Então vocês de bom coração, honestos, simples, modestos, boas almas, genuinos, vocês sabem quem são, sejam enfermeiros, médicos, AOs... continuem sendo boas almas e espalhem as vossas vibes energéticas positivas contagiando assim positivamente tudo e todos.
Paz e amor.
Concordo plenamente! O carinho e o agradecimento dos doentes enche me o coração e me motiva!
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