02/01/08

AS FALHAS DA BIOMETRIA




O Livro de Ponto Automático e Controlo de Assiduidade tem o objectivo de informatizar e facilitar todo o processo relacionado com o livro de ponto e o registo de presenças dos trabalhadores.
Trata-se de um sistema electrónico de controlo de assiduidade que o Ministério da Saúde decidiu implementar em todos os hospitais e serviços centrais de saúde.
O sistema é tido como o método mais seguro do Mundo. Mas, em Portugal já se descobriu como enganar o sistema. Uma simples prótese de um dedo de silicone, com o registo das linhas e sulcos da impressão digital de qualquer profissional de saúde, pode ludibriar a máquina.
Eu sou Auxiliar de Acção Médica, a mim não me faz qualquer tipo de espécie fazer controlo biométrico. Aliás todos os profissionais no serviço onde trabalho, entramos 10 minutos antes da hora, salvo raras excepções, como acontece em todas as empresas.
No Hospital de São João, o sistema começou a funcionar no dia 1 de Janeiro de 2008. Durante os três primeiros meses, paralelamente, vai continuar a ser utilizado o sistema de controlo clássico, ou seja, o "livro de ponto", para perceber se o sistema biométrico está a funcionar bem.
E parece que as máquinas ainda não se habituaram a ler a biometria de muitos profissionais. Ainda hoje, as máquinas decidiram aceitar apenas os números impares. Os trabalhadores com o número mecanográfico "par" tiveram que ir trabalhar sem fazer o registo biométrico da entrada. Quando saí do meu turno de trabalho, o número de máquinas avariadas era ainda maior e muitos trabalhadores sairam sem o respectivo registo, enquanto outros, entravam não podendo registar o momento.
Os 16 terminais para leitura biométrica instalados no Hospital de São João, estão a revelar-se insuficientes face ao número de funcionários que nele trabalham.

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