Os doentes,
partilham as suas doenças durante o internamento no hospital.
Na sala grande ouvem-se uns aos outros e os familiares falam uns dos outros, observam o que faz o enfermeiro a um e o que o auxiliar faz a outro.
De repente, um homem põe-se a pé e caminha em direcção à porta da enfermaria e só pára quando a enfermeira lhe pergunta:
Na sala grande ouvem-se uns aos outros e os familiares falam uns dos outros, observam o que faz o enfermeiro a um e o que o auxiliar faz a outro.
De repente, um homem põe-se a pé e caminha em direcção à porta da enfermaria e só pára quando a enfermeira lhe pergunta:
- Onde está a pensar ir, senhor Joaquim? Sente-se lá no seu
sofá porque lhe tenho que lhe ver a fralda.
- Eu não posso ir fazer as minhas necessidades? Ora essa, estou com vontade de urinar.
- Mas o senhor Joaquim tem um saquinho, não precisa de ir ao quarto de banho, desde ontem que lhe pusemos um saquinho e é para lá que o chichi vai. Não se preocupe e sente-se mas é ali no seu sofá. Oh Manuela, Manuela, ajude aqui o senhor Joaquim a ir até ao seu sofá. Depois não vá embora, vou precisar da sua ajuda para posicionar.
A enfermeira entra na sala e em voz alta diz:
-Agora saiam todos por favor. São só dois minutinhos e depois voltam a entrar, está bem?
Imediatamente um grupo de quatro pessoas deixam a sala. Lá ao fundo permanece uma senhora que acaricia a mão do doente acamado. São muitos anos de vida a viver juntos e agora ele há duas semanas que ali está, sempre na cama, não fala, não ouve mas ela não o quer deixar só. Mas a voz da enfermeira volta-se a ouvir:
- Minha senhora, por favor deixa-nos tratar dos doentes? Já volta a entrar, não demoramos e a senhora volta a entrar.
Depois de tanta insistência lentamente a senhora larga a mão do seu amado e dirige-se para a porta da enfermaria. Manuela dá uma ajudinha para a senhora andar mais lestra e finalmente fecha a porta. Volta-se e de repente grita:
-Ó senhor Victor não dispa o pijama, mantenha-se aí deitadinho que já vamos tratar de si.
Mas o senhor Victor já está em tronco nu, as mãos começam a desfazer a fralda e de nada adianto o aviso.
- Ó menina, menina puxe-me o lençol por favor. Estou com frio, tape-me os ombros, feche a janela.
A auxiliar olha para o senhor Victor mas nada podia fazer porque estava a calçar as luvas mas disse-lhe:
- Eu não posso ir fazer as minhas necessidades? Ora essa, estou com vontade de urinar.
- Mas o senhor Joaquim tem um saquinho, não precisa de ir ao quarto de banho, desde ontem que lhe pusemos um saquinho e é para lá que o chichi vai. Não se preocupe e sente-se mas é ali no seu sofá. Oh Manuela, Manuela, ajude aqui o senhor Joaquim a ir até ao seu sofá. Depois não vá embora, vou precisar da sua ajuda para posicionar.
A enfermeira entra na sala e em voz alta diz:
-Agora saiam todos por favor. São só dois minutinhos e depois voltam a entrar, está bem?
Imediatamente um grupo de quatro pessoas deixam a sala. Lá ao fundo permanece uma senhora que acaricia a mão do doente acamado. São muitos anos de vida a viver juntos e agora ele há duas semanas que ali está, sempre na cama, não fala, não ouve mas ela não o quer deixar só. Mas a voz da enfermeira volta-se a ouvir:
- Minha senhora, por favor deixa-nos tratar dos doentes? Já volta a entrar, não demoramos e a senhora volta a entrar.
Depois de tanta insistência lentamente a senhora larga a mão do seu amado e dirige-se para a porta da enfermaria. Manuela dá uma ajudinha para a senhora andar mais lestra e finalmente fecha a porta. Volta-se e de repente grita:
-Ó senhor Victor não dispa o pijama, mantenha-se aí deitadinho que já vamos tratar de si.
Mas o senhor Victor já está em tronco nu, as mãos começam a desfazer a fralda e de nada adianto o aviso.
- Ó menina, menina puxe-me o lençol por favor. Estou com frio, tape-me os ombros, feche a janela.
A auxiliar olha para o senhor Victor mas nada podia fazer porque estava a calçar as luvas mas disse-lhe:
-Senhor Victor
aguarde um bocadinho, já vou ajudar a vestir o casaco do pijama. Mantenha-se aí
calmo e tranquilo que já aí vamos.
Nesta sala ninguém dá sossego. Não há posição no sofá, não há posição na cama e a cadeira de madeira de tão dura que é, não aguentam estar sentados muito tempo.
É neste espaço e neste ambiente que a auxiliar Manuela, como ela gosta de ser chamada e não assistente operacional, trabalha há anos.
Nesta sala ninguém dá sossego. Não há posição no sofá, não há posição na cama e a cadeira de madeira de tão dura que é, não aguentam estar sentados muito tempo.
É neste espaço e neste ambiente que a auxiliar Manuela, como ela gosta de ser chamada e não assistente operacional, trabalha há anos.
1 comentário:
TUDO ISSO QUE SE PASSA É REAL,NO HOSPITAL QUE EU TRABALHO É UMA FOTOCÓPIA DESSE,EU SOU ASSISTENTE OPERACIONAL E VEMOS TANTA FALTA DE PRINCÍPIOS,NÃO DA NOSSA PARTE,EU FALO PELA NOSSA CLASSE E PELO QUE CONHEÇO,SOMOS MUITO UTEIS E HUMANOS.SAUDAÇOES PARA TODOS OS ASS.OPERACIONAIS.
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