15/11/11

EM BUSCA DA EXCELÊNCIA



Os Assistentes Operacionais, que trabalham na área da saúde,  tem direito a ser tratados com dignidade. As leis laborais devem servir para fazer respeitar os seus direitos e clarificar os seus deveres, bem como ter em conta as suas dificuldades.
Os Assistentes Operacionais são um dos grupos profissionais que lidam com os doentes. É urgente e fundamental que os Assistentes Operacionais, a sua maioria com remunerações muito baixas, sejam um grupo mais reconhecido e com uma imagem mais dignificante. Nos últimos anos, os diversos governos refugiaram-se nas políticas economicistas e só têm criado dificuldades no trabalho dos assistentes operacionais. Embora se diga que há muitos assistentes operacionais, a verdade é que nos hospitais há falta destes profissionais, principalmente nos serviços de internamento. Por vezes, a falta destes elementos em número suficiente faz diminuir a qualidade do seu trabalho. Há tarefas que deviam ser levadas a cabo com mais tempo, com mais cuidados e como o tempo não pára, por vezes, os assistentes operacionais têm que dar à perna o melhor que sabem e podem.
Actualmente os Assistentes Operacionais já não são só mulheres. Também há muitos homens que exercem as mesmas tarefas das mulheres, mesmo nos serviços de internamento. Eles, sabem tão bem como elas, utilizar a esfregona para limpar corredores, enfermarias e limpar o que precisa de ser limpo.
Os Assistentes Operacionais estão a entrar numa fase de mudanças na organização das suas carreiras. Há necessidade de dignificar este grupo profissional e dar formação adequada é um começo. Lembro que está já aprovada e reconhecida pela Agência Nacional de Qualificações, a profissão dos Técnicos Auxiliares de Saúde. Este ano, muitas escolas portuguesas iniciaram a oferta do curso profissional de “Técnico Auxiliar de Saúde” que tem a duração de três anos, incluindo um estágio prático.A essa melhoria de formação deve-se juntar uma melhor remuneração, mais baseada nas qualidades de cada profissional, nas suas qualidades humanas, na sua vontade e intuição.  O tempo da mão-de-obra barata deve passar à história. Os Assistentes Operacionais devem manifestar-se contra as formas de trabalho que implicam a desumanização e perda de competência ou que nos impedem a possibilidade de formação. Os actuais Assistentes Operacionais aguardam a regulamentação da sua profissão tendo em vista também verem reconhecidas as suas competências e dessa forma poderem também ser portadores da respectiva “caderneta  profissional”.
Está a terminar o ano de 2011 e outro vem aí. Vai ser um ano de muitas mudanças no que diz respeito às carreiras e vínculos dos profissionais de saúde. Os Assistentes Operacionais vão também estar na baila e ninguém ainda sabe como vão ficar quanto às suas profissões, mas alguma coisa vai acontecer. Tudo o que seja para melhorar, profissionalizar, humanizar e reconhecer o valor dos Assistentes Operacionais é por nós bem recebido.

9 comentários:

CAROL disse...

Gostei muito desta leitura,tambem sou assist.operacional e espero que sejamos reconhecidos como tal.VAMOS TODOS LUTAR.

Anónimo disse...

Estou a fazer uma Tese Mestrado sobre a vossa profissão e principalmente a cerca da falta de reconhecimento da profissão.
Se não for incómodo gostava de ter o vosso email para trocar umas impressões.

Respondam p.f. para: salome.eng@gmail.com

josnumar disse...

Não envio email a pessoas anónimas!

Salomé disse...

Caro josnumar,

Chamo-me Salomé e estou a fazer uma Tese sobre o profissional AO, na FEUP, ligada com o Mestrado em Segurança e Saúde no Trabalho.
A Tese irá propor o reconhecimento do profissional Assistente Operacional e incidir na vertente de HSST.
Daí, se puder obter algumas informações do profissional AO na 1ª pessoa, ajuda a defender o profissional.
Pretendo propor às entidades competentes todo o processo para RVCC do AO.

Toda a ajuda e conhecimentos que me possam transmitir será bom para o vosso futuro.

josnumar disse...

Salomé, visite esta página, pois aqui encontrará informação correcta e fiável para a sua tese:

http://www.atsgs.pt/

José Manuel Rosa Francisco disse...

Olá caros colegas,sou A.O à cerca de 20 anos nas urgências do Hospital José Joaquim Fernandes em Beja, actualmente integrado na, ULSBA ( Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo ).
Não tem sido fácil suportar os sucessivos adiamentos e obstáculos que têm surgido ao longo de todos estes anos, no que ao reconhecimento da nossa profissão diz respeito, o que me levou à desmotivação e ao " deixa andar ".

Não quero dizer com isto, que deixei de cumprir com as minhas tarefas, às quais me compremeti ao assinar o termo de posse, como Auxiliar de Acção Médica.

Gostaria se possivel,se alguem tiver conhecimento ou informações relativas às nossas carreiras,como por exemplo; quais as perspectivas que os Assitentes Operacionais, que já exercem funções de Auxiliar de Acção Médica há alguns anos teram no futuro, em relação à sua possivel integração na carreira agora criada ( Técnicos Auxiliares de Saúde ).

Salomé disse...

Caro José Manuel,

Acerca do que escreveu, da falta de reconheciment oda profissão quero lhe informar que estou a fazer uma Tese de Mestrado sobre essa falta de reconhecimento da vossa profissão.
Assim, se não for incómodo para si e me puder enviar o seu email, gostava de trocar impressões e tirar muitas dúvidas que me surgiram nas pesquisas que já fiz.

O meu email é: salome.eng@gmail.com

Obrigada.
Salomé

José Manuel Rosa Francisco disse...

Salomé

Estou disponivel para colaborar,no que a informações sobre à nossa profissão diz respeito, e espero que estas a ajudem a dissipar as suas dúvidas.

O meu email: josemanuelrosa70@hotmail.com

Bete disse...

Nao podemos deixar que a nossa profissao seja banalizada e sejamos tratados como analfabetos.. Nao se esquecam que mais do que nunca estao a aparecerpessoas licenciadas a fazer o trabalho que outrora era feito por pesoas com muito menos habilitações. E ninguem está livre disso...