25/09/10

EU NÃO SOU O HOSPITAL


   Os Assistentes Operacionais muitas vezes queixam-se da grande carga horária a que estão sujeitos e no desequilíbrio que vivem nas suas vidas.
   Seria útil que os Assistentes Operacionais tivessem uma vida de trabalho mais equilibrada com a vida pessoal e familiar. Muitos destes profissionais desistem das suas vidas pessoais para poderem acorrer aos objectivos da instituição onde trabalham. O trabalho e as políticas levadas a cabo pelos hospitais, têm um impacto muito forte nos Assistentes Operacionais. Hoje trabalham no hospital e isso significa longas horas dentro da instituição, com fins-de-semana, feriados, festas de Natal e Ano Novo e consequentemente sacrifício pessoal e familiar.
   O Assistente Operacional  é pressionado de várias formas. Os encarregados, para o melhor e para o pior, têm o poder e muitas vezes não aprenderam a exerce-lo democraticamente. Alguns deles são ex-auxiliares de acção médica, sem preparação para liderar, para dialogar e  mostram-se facilmente manobráveis e caiem facilmente com a pressão dos  seus superiores e também dos assistentes.
   A forma como as pessoas se comportam que sobem na hierarquia é importante. O conseguir um consenso entre os colegas é uma das principais estratégias, mas que muitos encarregados se esquecem de levar à prática. O tempo do "eu é que mando" ou "as coisas são assim", já está ultrapassado. Qualquer mudança ou alteração no normal funcionamento do dia de trabalho do assistente operacional, tem de ser atempadamente comunicado, pensado e decidido, sempre com a participação dos profissionais em causa. Há decisões tomadas de cima para baixo que ignoram completamente a existência ou não de que haja pessoas também interessadas nessas mudanças. E quando as decisões das mudanças já são apresentadas como já "decididas", sem que tenha havido mais comunicação nenhuma, estão criadas as condições para que o colega tenha que mudar e ir contrariado para onde o mandaram. É importante que as chefias desçam à terra, conversem abertamente com os assistentes e ouvir também as suas ideias, os seus desejos de continuar ou de mudar de local de trabalho. Todos somos pessoas que damos a cara e o corpo no trabalho, mas também nos devemos preocupar com o nosso bem estar e não podemos esquecer que também temos uma família. Trabalhar no hospital não é tudo na vida. Se até os leitores de DVD têm um botão de "pausa" também os assistentes operacionais devem fazer as pausas no seu trabalho.

3 comentários:

Anónimo disse...

parabens para quem enviou, tambem sou assistente operacional e estamos sempre a levar no lombo.

fiona disse...

Gostei, é mesmo assim que se passa, somos considerados como uma criadagem para os nossos superiores. Força colegas

Anónimo disse...

Por acaso tiraram-me as palavras da boca!