05/03/10

ASSISTENTES OPERACIONAIS TRABALHAM MUITO E GANHAM POUCO










A greve foi ontem. Como sempre, o Governo declara que teve pouca adesão e os sindicatos vêm afirmar o contrário. Mas esqueçamos a realidade dos números e pensemos nos motivos que levam as pessoas a deixar de ganhar um dia de salário, mesmo que para alguns o pouco que ganham, lhe faça muita falta para pagar as despesas que têm que pagar.
Desta vez, os sindicatos uniram-se e gritaram as mesmas palavras de protesto: contra o congelamento dos ordenados, contra a penalização nas pensões de reforma e contra a precaridade do trabalho ( não gosto da palavra emprego ). Todos os trabalhadores portugueses sentem na pele a pressão que este Governo tem feito sobre os operários e em especial sobre os Assistentes Operacionais, onde estamos os Auxiliares de Acção Médica metidos. Diz o Governo que é necessário combater o défice. Mas afinal, o défice está onde está porque o P.M. Sócrates decidiu, pois, disse que foi a forma de ajudar as empresas, os trabalhadores...mas só se lembra de congelar salários, de responsabilizar os trabalhadores mesmo que os seus ordenados tenham como valor base 450 euros, ou seja, um valor abaixo do salário mínimo nacional que o Governo defende para 2010, que é de 480 euros. Ora, onde estamos afinal de contas? E a verdade não é aquela que eles dizem. Quem pensa que são os ordenados da função pública que absorvem as maiores despesas, é um puro engano. As despesas que o Governo tem ( mas esconde debaixo do tapete ) com muitos Assistentes Operacionais é paga a empresas privadas que recrutam profissionais fora da Administração Pública e nem sempre as pessoas são realmente valorizadas e remuneradas.
   Digam o que disserem, a verdade é que ontem os serviços de saúde em Portugal andaram mais devagar, com mais tempos de espera, com consultas adiadas, com cirurgias adiadas.
   Ai Portugal, Portugal...

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