15/10/07

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS AUXILIARES DE ACÇÃO MÉDICA



O hospital é uma organização bastante peculiar, concebido exclusivamente para satisfazer as necessidades dos utentes. Têm sistemas organizacionais muito próprios e muitas vezes esquecem-se dos profissionais que lá trabalham, proporcionando-lhes condições de trabalho precárias, sendo, na maior parte das vezes, piores do que as verificadas na grande maioria dos outros sectores de actividade.
Assim sendo, o trabalho em ambiente hospitalar constitui não só para a ocorrência de acidentes de trabalho, como também para desencadear frequentes situações de stress e de fadiga física e mental.
No hospital trabalham pessoas que diariamente são confrontadas com situações emocionalmente intensas, tais como vida, doença e morte, as quais causam ansiedade e tensão física e mental.
Fala-se muito na humanização do hospital. Os serviços dos hospitais têm recebido melhorias e hoje os serviços prestados são melhores. As condições de trabalho, a motivação e, em consequência, o bem- estar dos profissionais de saúde tem sido relegado para segundo plano, ou mesmo completamente descurado.
As administrações dos hospitais têm-se preocupado com as duas dimensões fundamentais do trabalho hospitalar(o utente e o trabalhador da instituição), mas em relação à dimensão humana do profissional de saúde, esta não parece ser contemplada, interessando sim, os aspectos técnicos, o saber e o saber fazer.
Sendo assim, o ser, o saber ser, o saber estar e sobretudo o bem-estar do profissional de saúde, e neste caso específico o dos Auxiliares de Acção Médica, são aspectos que não parecem ser fonte de preocupação para os responsáveis dos hospitais e outros estabelecimentos de saúde.

O trabalho dos Auxiliares de Acção Médica é extremamente desgastante devido às exigências relativas à prática de horários rígidos e ao trabalho por turnos. Se juntarmos a isto, as condições precárias de contrato que os A.A.M. estão na sua maioria, é um trabalho desenvolvido em circunstâncias altamente stressantes, as quais podem levar a problemas de insatisfação pessoal e profissional.

2 comentários:

J.F disse...

Parabéns pelo Blog

Continuem...
Não só com médicos e enfermeiros (quantas vezes divididos por interesses corporativistas) o nosso SNS sobrevive aos ataques a que está a ser submetido!

Com todos os sectores profissionais que dele fazem parte deve o SNS contar para a sua defesa, no pressuposto de que todos, como cidadãos, fazemos parte duma sociedade que também dele beneficia e nele, estou certo, encontra mais virtudes que defeitos.

Anónimo disse...

o servico nacional de saude tem-se esquecido dos profissionais que trabalham a quase 15 anos no servico e auferem um vencimento de 580 euros , que para uma pessoa que parga 300 de rendfa de casa e ainda tem que pagar todas as outras despesas basicas ,agua,luz gas ja nem falo em internete e televisao pois e so para ricos e a comida?Dinheiro para transportes?Gostaria imenso que me ensinasse, o Sr.Coelhop e ioutros tantos como e que se viver com tao pouco, e prov[avel que lhes seja dificil, pois estao habituados a viver so com muito.