A criação dos Auxiliares de Enfermagem remonta ao ano de 1947, tendo sido uma solução adoc para suprir a falta de enfermeiros diplomados.
Esta situação aconteceu na maior parte dos países europeus. Em Portugal, entre 1965 e 1974, o número de Auxiliares de Enfermagem que se formavam anualmente era cinco vezes superior (cerca de mil) ao número de enfermeiros com o Curso Geral (cerca de 200).
Grande parte dos Auxiliares de Enfermagem, antes do 25 de Abril de 1974, iam substituindo na prática os enfermeiros, nomeadamente nos hospitais e nos serviços médico-sociais de Previdência, sem as necessárias contrapartidas em termos de:
reconhecimento formal das suas competências,
nível ou estatuto remuneratório,
oportunidades de formação profissional,
etc...........
Tudo isto acabou por originar um movimento reinvindicativo, mais ou menos manifesto, já a partir de 1969.
A criação do Curso de Promoção de Auxiliares de Enfermagem, com a duração de 20 meses, no tempo do Marcelo Caetano, acabou por não ter grandes efeitos práticos, por diversas razões( limitada capacidade de resposta das escolas, dificuldade de dispensar o pessoal por parte dos serviços de saúde, etc.).
A pressão dos sindicatos acentuou-se com a Revolução de 25 de Abril de 1974. Numa conjuntura favorável, as reinvindicações igualitárias, o Curso de Auxiliares de Enfermagem acabou por ser extinto, tendo os Auxiliares com três anos de serviço no mínimo, sido promovidos e integrados na carreira de enfermagem(como enfermeiros de 3ªclasse).
Tratou-se de uma passagem administrativa, já que o novo curso de Promoção de Auxiliares de Enfermagem, criado em 1975, e indispensável para as pessoas progredirem na carreira, esteve muito longe de cobrir toda a população em causa.
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