Os A.A.M. têm de lidar com diversidade de doentes, de doenças e de emoções.
Como lidar com esta variedade?É um trabalho em que o contacto humano é essencial e requer psicologia, sensibilidade, desprendimento tanto relacionado com a pessoa que está a melhorar e a recuperar como com aquele que está a piorar e a morrer.
Ser A.A.M. é sentir-se dentro de uma equipa de saúde onde muitas vezes somos poucos para tanto trabalho.
Ser A.A.M. é transgredir às vezes as regras para atender a algum desejo legítimo de um doente moribundo.
Ser A.A.M. é criar estratégias para se defender do sofrimento: tentar esquecer o que acontece quando sai do trabalho, fazer de conta que não é com ele, que não faz parte da sua alçada.
A emoção está sempre presente no trabalho dos auxiliares. Não é possível ficar imune ao contacto com o sofrimento do outro, com o corpo do outro, com os apelos e pedidos de ajuda.
Entretanto, a questão afectiva que permeia o trabalho dos Auxiliares é cheia de ambiguidades, pois a entrega necessária para o outro faz-se em detrimento da nossa própria saúde. Os equipamentos disponíveis, o ritmo dos horários de trabalho e o próprio estado dos doentes são factores de constrangimento de tal ordem que a doença profissional torna-se presente.
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