23/03/12

TRABALHADORES SOMOS TODOS



   Hoje o Jornal Público revela que está em preparação a atribuição de um subsídio fixo para trabalhadores que prestam serviço nas URGÊNCIAS hospitalares.
   Ou eu me engano ou os beneficiários irão ser os senhores doutores. E os Assistentes Operacionais que também trabalham nos serviços de urgência dos hospitais serão também beneficiados com esse subsídio?

17/03/12

TER UM CURSO NÃO BASTA!

   Eu vivo num país em que se extinguiram grupos profissionais que trabalhavam em diversos estabelecimentos que prestam cuidados de saúde ao cidadão. Por decreto, há muito que não há Criados e Criadas, Indiferenciados e Serventes. Também nos chamaram Auxiliares de Acção Médica, mas hoje, somos e outra vez por decreto, Assistentes Operacionais. Mudou outra vez o nome, mas continuamos sem uma carreira profissional de regime especial  que nos aproxime dos outros profissionais de saúde.
   A ATSGS ( Associação dos Trabalhadores dos Serviços Gerais de Saúde ) 
http://www.atsgs.pt/p/a.t.s.g.s./tem sido uma  associação, que desde a sua criação representa e defende os trabalhadores dos ex-serviços gerais de saúde, nomeadamente os assistentes operacionais.Nunca quiseram ligar-se a uma força política ou sindical e até hoje assim continua a ser. Esta associação já deu provas da sua competência e os seus dirigentes continuam a garantir um tratamento igual, sério e justo aos membros que a eles se dirijam solicitar apoio, esclarecimentos ou intervenção junto das instituições de saúde.
   Não posso ignorar também a Federação dos Sindicatos da Função Pública, http://www.fnsfp.pt/portal/ que também tem contribuído para a resolução de diversas situações laborais e tem lutado ao lado dos profissionais de saúde para a melhoria e a dignificação destes profissionais.
   Os criados e as criadas já passaram à história, mas continuamos a ser bombardeados por estes anúncios:





   E mais estes agora:



   Dois exemplos de anúncios que duas escolas secundárias portuguesas elaboraram para divulgarem o novo curso profissional.
   Observando as imagens e depois de uma breve consulta pela internet, digo-vos que esta forma de comunicar a existência do novo curso profissional, revela que há muitas escolas que desconhecem o dia a dia dos Assistentes Operacionais, num estabelecimento de saúde. Eis algumas:


Alimentação

Arrumar enfermarias

Higiene e Limpeza dos serviços


Transporte de doentes

   O Assistente Operacional que trabalha num estabelecimento que presta cuidados de saúde aos utentes que a ele necessitam ir, deve ter sempre presente que está a exercer uma actividade, embora igual à que outros assistentes operacionais exercem noutros locais, não é a mesma coisa. Mais: o assistente operacional   que trabalha num internamento de medicina, por exemplo, tem competências e tarefas diferentes do colega que trabalha numa central de esterilização, apesar de ambos exercerem funções no mesmo hospital.
   
   Desde o ano passado, ou seja, de Outubro de 2011, muitas escolas secundárias oferecem aos alunos a oportunidade dos seus alunos frequentarem o Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. 
   A propósito do ensino profissional em Portugal, numa recente conferência organizada pela Universidade Católica, o seu presidente, Dr.Joaquim Azevedo dizia isto:
   "Muitas escolas não sabem o que é o ensino profissional em Portugal,
   não têm nenhuma cultura de ensino profissional e, assim, encaram-no como o "quarto escuro" para os 
meninos que se portam mal, que têm insucesso".
   
Joaquim Azevedo defende uma avaliação rigorosa dos actuais cursos profissionais e da sua rede e a sua articulação com os actores locais, para que não haja sobreposição de ofertas. Defende que todas as escolas em que se verifique que aquilo que está a ser oferecido ao aluno é o "quarto escuro" ou o "caixote do lixo" tem de se encerrar de imediato.
   
   Começo a ficar preocupado com o futuro dos Técnicos Auxiliares de Saúde. Lá diz o povo:
    "Quando a oferta é muita..."
   Vou andar atento.

   

04/03/12

UNIDOS SOMOS MAIS FORTES





 Colegas Assistentes Operacionais, eu não faço parte de nenhumas das centrais sindicais, mas sou sócio nº2162 da ATSGS(Associacção dos Trabalhadores dos Serviços Gerais de Saúde -  http://www.atsgs.pt/                                     
  No recente dia 2 de Março participei no XIV Congresso do Assistentes Operacionais do Norte. E uma das organizações convidadas foi a CGTP, representada através do Sidicato dos Trabalhadores da Função Pública do Norte e tendo sido o senhor Paulo Taborda o seu representante. Neste encontro teve lugar um "Prós e Contras" dedicado à Formação Sóciocultural e Tecnológica relativa aos assistentes operacionais ( ou os futuros Técnicos Auxiliares de Saúde ). E a dada altura do debate, o senhor Paulo Taborda referiu-se ao trabalho que o sindicato tem vindo a realizar no que diz respeito a este grupo de profissionais e que aguardavam uma resposta por parte do ministro da saúde. Dada a importância do assunto fui investigar e encontrei esta informação no site do sindicato que passo a revelar:






   Aos trabalhadores que executam funções da antiga  Carreira dos Serviços Gerais da Saúde

   SOMOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
   É NECESSÁRIO E URGENTE VOLTAR A CRIAR A CARREIRA

   Colegas:
   A criação das carreiras dos Serviços Gerais da Saúde, pelo Decreto 109/80, de 20/10
(depois de intensas lutas desenvolvidas pelos trabalhadores, com a direcção dos Sindicatos da Função Pública), foi um importante contributo para a melhoria da prestação dos cuidados de saúde e foi decisiva para a dignificação desta área profissional.
   Tanto assim foi que inicialmente a carreira era somente aplicada aos hospitais, tendo vindo a ser progressivamente alargado o seu âmbito de aplicação institucional às Escolas de Enfermagem, aos Centros de Saúde e às restantes instituições do Ministério da Saúde que prestam funções de assistência na saúde, ensino e investigação.

   O extinto grupo profissional dos Serviços Gerais da Saúde, integrando inicialmente 12
carreiras profissionais distintas significou o fim das Criadas e dos Criados, dos
Empregados Indiferenciados e das Serventes, entre muitas outras designações que erampau para toda a obra e que eram completamente desvalorizados profissionalmente.




    Ao longo dos cerca de 30 anos em que existiu a carreira teve diversas reestruturações que procuraram responder às novas necessidades dos utentes e dos profissionais.
   Quando estava prevista uma nova reestruturação, com vista à valorização da carreira, o Governo, de forma unilateral e sem qualquer tipo de negociação séria, no âmbito do
processo de revisão do Regime de Vínculos, Carreiras e Remunerações, iniciado pela Lei
12-A/2008, de 27 de Fevereiro, extinguiu as carreiras dos Serviços Gerais e integrou os
seus trabalhadores na carreira de Assistente Operacional do Regime Geral.
Esta alteração trouxe graves consequências para os trabalhadores uma vez que frustrou as suas expectativas de carreira e desvalorizou o seu contributo na melhoria dos serviços de saúde e na humanização da prestação de cuidados de saúde no nosso país.

   Desde então a degradação da prestação dos cuidados tem sido evidente e é reconhecida por todos, desde os restantes profissionais de Saúde, até às próprias administrações dos serviços, impondo-se a criação de uma carreira profissional de regime especial que ocupe o cada vez maior fosso que existe entre os profissionais de saúde (nomeadamente Enfermeiros e Técnicos) e os agora Assistentes Operacionais.

   Podem aceder a esta informação aqui:

 
  Esta é a posição do sindicato. No Congresso ficámos com a informação que existem algumas divergências  desta tomada de posição com a que a ATSGS tem vindo a defender. Ambos mostraram aos participantes do congresso que é importante um melhor entendimento entre as duas organizações e estão dispostos a cooperarem para que rapidamente se alcancem os objectivos pretendidos.
   E vós colegas Assistentes Operacionais, concretamente os profissionais que trabalham na área da saúde, que opinais?















03/03/12

ASSISTENTES OPERACIONAIS EM CONGRESSO

Fórum da Maia: XIV Congresso dos Assistentes Operacionais do Norte

      Realizou-se pelo 14º ano consecutivo, no Fórum da Maia,   o XIV Congresso dos Assistentes Operacionais do Norte, mais uma vez organizado pelo colega Fernando Sousa. Como vem sendo hábito, a ATSGS (Associação Trabalhadores Serviços Gerais de Saúde,    http://www.atsgs.pt/   ,                       
 marcou presença e colaborou, bem como outras entidades.Com uma sala bem composta, com pessoas vindas de diversos lugares do país, na sua maioria profissionais adultos que  já exercem a função de Assistente Operacional há alguns anos, este ano e pela primeira vez, partticiparam neste encontro jovens que estão a frequentar nas escolas secundárias e profissionais o recente curso profissional de "Técnico Auxiliar de Saúde". É de louvar a abertura e a disponibilidade oferecida por parte da organização deste congresso por ter aberto as portas a estes jovens, pois, os livros não explicam tudo acerca desta especificidade de pessoas que trabalham na área da saúde.
 Talvez num próximo encontro os organizadores se mostrassem ainda mais receptivos à participação desta gente nova, por exemplo, dando-lhes também a oportunidade e o tempo de intervirem nos temas do encontro com cartazes, palestras ou outras formas de expressão. Mesmo estudantes, novos e irrequietos, têm riquezas que podem e devem partilhar com os mais experientes.
   O tema deste XIV Congresso foi dedicado à formação do Assistente Operacional:
   "Desenvolvimento Pessoal e Profissinal"
   Todos os oradores mostraram excelentes trabalhos e quem ainda tinha dúvidas da falta de conhecimentos e competências dos Assistentes Operacionais, este congresso provou que estes profissionais têm iniciativa, têm competências e sabem trabalhar com outros profissionais para o bem estar dos utentes dos serviços de saúde.