06/08/09

ASSISTENTES MUITO OPERACIONAIS




O PAPEL DOS ASSISTENTES OPERACIONAIS

QUE TRABALHAM EM HOSPITAIS

Qual é o papel do Assistente Operacional que trabalha num hospital?

Que perspectivas têm estes profissionais, na prestação de cuidados, enquanto membros de uma equipa multiprofissional?

Os cuidados de saúde prestados num hospital envolvem equipas multidisciplinares que trabalham com o objectivo de optimizar a assistência aos doentes (ou utentes) que por diversas razões se dirige a um hospital. Cada equipa é constituída por médicos, enfermeiros e assistentes operacionais. Os médicos e os enfermeiros têm as suas funções bem definidas e as suas relações bem estabelecidas. Os Assistentes Operacionais também têm as suas tarefas a realizar e variam de local de trabalho para local de trabalho. As funções do Assistente Operacional possuem uma vertente bastante prática, activa e dinâmica e cada serviço hospitalar tem as suas particularidades. Contudo, existem muitas tarefas que se executam em qualquer serviço do hospital e que estão a cargo dos Assistentes Operacionais.

Os AO (assistentes operacionais) asseguram: serviço de mensageiro, acompanham e transportam os doentes em camas, macas, cadeiras de rodas dentro do hospital, colaboram na prestação de cuidados de higiene e de conforto dos doentes, sempre sob a orientação dos enfermeiros/as do serviço, distribuem as refeições e ajudam os doentes com dificuldade em tomar os alimentos sozinhos, tratam da mudança das roupas da cama e organizam-se de maneira a manter as enfermarias limpas e arrumadas.

No meio de tanto trabalho há com certeza diferenças entre o que são as suas funções e aquilo que efectivamente os outros elementos da equipa multidisciplinar lhes atribuem.

Um sem número de tarefas, algumas íntimas e diárias, aproximam os Assistentes Operacionais dos doentes, mais do que qualquer outro elemento da equipa multidisciplinar. Os AO estabelecem um tipo de relação interpessoal com o doente, escutam as suas necessidades e por vezes são confidentes do doente, acompanhando mais de perto a evolução da pessoa e da sua doença.

Os AO são muitas vezes menosprezados e considerados um parente pobre dentro dos hospitais. São profissionais que devido à natureza das suas tarefas, à falta de estudos, há constante supervisão dos enfermeiros/as e também aos baixos salários que auferem, são afastados da “elite” dos profissionais de saúde. Resta-lhes a consolação da aproximação emocional dos doentes que esperam ficar curados e enquanto permanecem no hospital se sintam num ambiente fraterno e solidário.